O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu hoje (24) que Nova York se preparou “exaustivamente” para enfrentar o primeiro caso de ebola confirmado na cidade – de um médico que contraiu o vírus na Guiné-Conacri.
Obama conversou por telefone, ontem (23) à noite, com o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, e com o prefeito da cidade, Bill de Blasio, depois de ter sido revelado que o médico foi infectado com o vírus, informou a Casa Branca.
“Informaram a chegada de pessoal dos centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, a sigla em inglês) e o envio de uma equipe de resposta adicional na noite dessa quinta-feira”, diz comunicado .
O médico, de 33 anos, que trabalhou a serviço da organização não governamental Médicos Sem Fronteiras na Guiné-Conacri, foi colocado em quarentena no hospital nova-iorquino de Bellevue.
Obama ofereceu a Cuomo e De Blasio ajuda federal adicional para tratar o doente e manter os procedimentos restritos para evitar o contágio dos profissionais de saúde envolvidos no tratamento.
O presidente norte-americano pediu também que seja mantido contato contínuo com a sua equipe de resposta federal ao ebola, liderada pelo coordenador Ron Klain e da qual participam a secretária para a Saúde, Sylvia Burwell, e o diretor do CDC, Tom Frieden.
O médico é o primeiro infectado com ebola em Nova York, cidade que se prepara há meses para uma situação como essa.
Antes desse caso, três norte-americanos foram repatriados da Libéria, após confirmação do contágio: um médico e uma enfermeira, que foram tratados em Atlanta e receberam alta no fim de agosto, além de um operador de câmera da NBC, que superou a doença esta semana depois de ter ficado internado no Centro Médico Nebraska.
Foram também diagnosticados três casos em Dalas (Texas), dos quais um morreu – um liberiano que tinha ido visitar parentes. Os outros dois casos de infectados foram os das enfermeiras que o assistiram no Hospital Presbiteriano de Dallas. Uma delas superou a doença, enquanto a outra evolui positivamente no centro clínico dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) de Maryland.
De acordos com o último relatório da Organização Mundial da Saúde, publicado na última quarta-feira (22), o surto da doença provocou 4.877 mortes, em um total de 9.936 infectados.