A 45ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil em Fernandópolis vem a público externar sua opinião sobre o movimento paredista promovido pelos servidores da Polícia Civil e suas conseqüências.
A cada dia em que se prolonga a greve na Polícia Civil, a advocacia fernandopolense vê com grande preocupação a possibilidade de aumento das mazelas sociais que se tornam mais agudas em razão da continuidade do movimento.
Desde o primeiro instante, apoiamos, e ainda continuamos apoiando o teor e a justiça das reivindicações daqueles servidores e procuramos unir nossas forças para a solução do impasse, porém as notícias apontam para o surgimento de grave crise em nossa cidade e causaram enorme perplexidade os últimos acontecimentos.
O caminho duvidoso do confronto nada acrescentará nas relações institucionais entre a Polícia Civil e o Judiciário, principalmente em nossa cidade, onde esse relacionamento sempre foi cantado em prosa e verso e tido como um dos maiores responsáveis pelo restabelecimento da credibilidade na Justiça, que a população, em algum momento, havia perdido.
Não podemos fechar os olhos às justas reivindicações dos servidores da Polícia Civil, porém se esse impasse continuar ou mesmo permanecer no estado em que se encontra, certamente o prejuízo não será só da sociedade.
Lamentamos que assuntos antes resolvidos em nossa Comarca através do diálogo incessante estejam, nesse momento, sendo resolvidos protocolarmente e provocando o acirramento desnecessário de ânimos.
Esperamos que a altivez e o denodo caracterizem, mais uma vez, a ação dos componentes da Polícia Civil e do Poder Judiciário e que o Governo do Estado entenda que as reivindicações são justas e valorize seu corpo de servidores, recolocando em funcionamento a máquina e com isso temos certeza que serão restabelecidos os vínculos até umbilicais que sempre existiram entres as gloriosas instituições.
