sexta, 22 de novembro de 2024
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O derruba bolsa

Em uma sexta-feira, após três quedas consecutivas, o que o Ibovespa menos precisava – ou poderia receber – era mais uma declaração desastrada do presidente Lula sobre a economia do…

Em uma sexta-feira, após três quedas consecutivas, o que o Ibovespa menos precisava – ou poderia receber – era mais uma declaração desastrada do presidente Lula sobre a economia do país. Mas, não. Em um raro momento de sinceridade, o presidente comunista disse que o país “não precisa de déficit zero”, derrubando toda a narrativa da campanha e dos 10 meses de governo, para a desgraça do mercado financeiro. O Ibovespa caiu 1,29% e o dólar fechou em alta, a R$ 5,13.

Governo gastão

A declaração surgiu no mesmo dia em que o Tesouro Nacional divulgou que o país teve déficit primário de R$ 92,6 bilhões entre janeiro e setembro – o pior resultado do período desde a pandemia da Covid-19, em 2020. Pela média, o país poderá fechar o ano com R$ 130 bilhões no vermelho, mesmo Lula e sua turma tendo pego um caixa positivo de R$ 37,9 bilhões, deixado por Jair Bolsonaro – o malvadão. Veja mais detalhes aqui

Irresponsabilidade

O mercado reagiu negativamente a mais este “sincericídio” de Lula e deve refletir ainda mais, na semana que vem, como é profundo o rombo financeiro deste governo. Cortes de orçamentos na educação e segurança pública, por exemplo, e gastos abusivos em outras áreas, como da cultura e aumento do número de ministérios, ajudam a compreender o cenário do momento.

Insinuação

Lula não se cansa de manobrar pelo aparelhamento do governo. Além de autorizar a graduação remunerada de mais 500 militares das Forças Armadas, o presidente comunista quer criar mais um ministério, com o desmembramento do que é comandado (?) por Flávio Dino. Lula quer a área de segurança pública exclusiva em um ministério. Ou seja, mais um cabidão sendo insinuado como solução, chegando à incrível marca de 39 ministérios.

Pelo menos…

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios arquivou o pedido de indiciamento do ex-deputado federal Daniel Silveira por conta da quebra de tornozeleira, que ele era obrigado a usar por ordem do STF como condição para não ser preso. O ex-parlamentar foi indiciado após quebrar o equipamento, em abril do ano passado, alegando que a tornozeleira estava com uma escuta. Em agosto deste ano, a Polícia Civil pediu pelo indiciamento do político.

Sem freio

O ministro Alexandre de Moraes, relator no STF dos processos relacionados aos atos de 8 de janeiro, quer condenar mais seis réus a penas de prisão que variam de 14 a 17 anos – bem acima do que a Justiça tem aplicado, por exemplo, em casos de homicídio e tráfico de drogas. Até o momento, somente Moraes proferiu seu voto nas ações penais que envolvem pessoas sem foro privilegiado e sem condenações anteriores.

Ele sabia!

O ex-diretor-adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Saulo Moura da Cunha, disse em depoimento à CPI dos atos de 8/1, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que alertou o ex-ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, sobre a possibilidade de invasões dos prédios do governo uma semana antes dos fatos. Cunha disse que a Abin produziu 33 alertas sobre a situação e que todos os documentos foram enviados às forças de segurança de Brasília e do governo federal.

Envelhecemos

O Censo Demográfico de 2022, que foi divulgado em partes, nesta sexta-feira (27), pelo IBGE, mostra que o número de idosos com 65 anos ou mais no Brasil cresceu de forma acelerada na última década. Agora, são 22,2 milhões de pessoas nessa faixa etária –ante 14,1 milhões em 2010, no último levantamento. Brasileiros com 65 anos ou mais representam 10,9% da população – o maior percentual de idosos da história. Há 12 anos, eram 7,4%.

O assunto

A jornalista e ex-deputada federal Joyce Hasselmann foi um dos assuntos mais comentados do X-Twitter, nesta sexta, após aparecer em fotos 24 quilos mais magra e com o corpo malhado para divulgar um protocolo de perda de peso. Nada significativo para quem perdeu mais de 1 milhão de votos entre as eleições de 2018 e 2022.

Dica de leitura

Livro – Janja – a militante que se tornou primeira-dama
Autores: Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo
Editora: Editora Máquina de Livros
Preço – R$ 19,90 (site da editora)

Poucas vezes a política brasileira viu despontar uma estrela com trajetória tão intensa e ascendente. Os jornalistas Ciça Guedes e Murilo Fiuza de Melo narram os bastidores de sua atuação enquanto Lula esteve preso e a participação decisiva dela na campanha presidencial até a chegada ao coração do poder. Dificilmente haveria Lula 3 sem Janja, assim como Janja não seria o que é hoje sem o petista. Os dois construíram juntos a narrativa do amor contra o ódio, decisiva para derrotar Jair Bolsonaro. Agora, ela quer reconfigurar o posto de primeira-dama.

FRASE

Do senador Marcos dos Val (Podemos-ES), sobre medidas do ministro Alexandre de Moraes, do STF, contrárias ao devido processo legal. Sexta-feira (27), no Senado.

“É fato que este Congresso terá que fazer alguns ajustes para equilibrar o excessivo poder da Suprema Corte. Estou, desde o dia 8 de janeiro, presenciando violações gravíssimas por parte do ministro Alexandre de Moraes. Presenciei muitos brasileiros sendo presos sem terem participado efetivamente da depredação [das sedes dos Três Poderes]. De forma desumana, estão recebendo penas arbitrárias e sem o devido processo legal.”

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