Quase um mês depois do início das manifestações populares, as demandas não param de aparecer. Do aumento das tarifas de ônibus e metrô, passando pela PEC 37 ou pelas obras dos estádios, a população continua nas ruas dando “basta”!
Aqui, e em algumas cidades da região, o movimento também estendeu seus tentáculos, gritando pelas questões nacionais e revirando as demandas locais.
Daí para o “buracão” do viaduto do trevo de Água Vermelha entrar na pauta das reivindicações foi um pulinho. E com razão, pois todos também assinamos embaixo dessa reivindicação.
Parte da obra bilionária de duplicação da rodovia Euclides da Cunha, o trevo de Água Vermelha está interditado já tem quase um ano e nem sinal de que a obra seria retomada. Pior que isso, as autoridades estaduais, responsáveis pela obra, sequer tocavam no assunto. Muito menos o nosso deputado, que se diz “da casa do governador”.
Aliás, tampouco os demais deputados da região, que vez ou outra aparecem para uma “fotinha” aqui, outra ali, meteram o dedo nessa ferida.
Se o movimento “#vemprarua” confirmar a iniciativa de “abraçar” o viaduto dia desses, certamente vai conquistar adeptos em todos os cantos da cidade.
Digo mais, se realmente paralisarem o trânsito, sem violência, que foi a grande marca da primeira manifestação ocorrida na cidade, vai ganhar repercussão não só regional, mas nacional, pois a grande mídia vem dando grande espaço às manifestações pacíficas, em detrimento daquelas onde a violência tem imperado.
Cá com os meus botões, penso que a manifestação vai chamar a atenção do governo estadual não só para o viaduto, mas também para as obras da Euclides da Cunha, que vão se arrastando e fazendo jus ao epíteto criado por uma revista semanal de informações, semanas atrás, segundo a qual o Brasil é “a terra do nunca fica pronto” e um exemplo de como as obras públicas, em geral, são delirantes, demoradas e absurdamente caras.
P.S. Segundo consta, depois da notícia de que a população iria se manifestar, o governo estadual divulgou uma nota informando que os trabalhos seriam retomados na próxima semana. Por via das dúvidas, ainda assim, vamos esperar que a manifestação realmente aconteça e continuar desejando, sempre, vida longa aos estudantes!
