Termômetro
Termômetro do agravamento no quadro das vítimas de Covid-19 na região, o Hospital de Base de Rio Preto registrou até o dia 25 de janeiro 425 internações pela doença, mais que o dobro de hospitalizações de novembro (197). O volume também é bem superior a dezembro (375).
Ranking
Na contagem geral do HB, janeiro já é o quarto mês com mais pacientes internados desde que a pandemia chegou na região, em março, perdendo apenas para julho (570), agosto (568) e setembro (482).
Complicações
Se no começo, a chegada de pacientes de cidades mais distantes se devia majoritariamente à menor distribuição geográfica de vagas, agora está mais relacionada às complicações da doença. Os pacientes internados em suas cidades de origem acabam sendo transferidos quando o quadro se complica. Por isso, os números do HB representam não somente a conhecida curva ascendente da doença, mas também a intensidade dos sintomas e consequências no quadro do paciente.
Crianças
Outro dado que chama a atenção nos números do Hospital de Base é a presença constante de crianças e adolescentes nos leitos de UTI. No momento, são cinco pacientes internados com confirmação ou suspeita de Covid no Hospital da Criança e Maternidade, dois deles na unidade de tratamento intensivo. No total, são 3.291 internações na instituição, com 2.376 altas e 725 mortes.
Leva tempo 1
A animação com a chegada da vacina é legítima, mas não pode tirar o foco do aumento acentuado de casos que, ao contrário do que se pensava, segundo especialistas, não se trata de um pico pontual. E pode piorar. Manaus é visto como alerta. Segundo o médico virologista e pesquisador da Famerp, Maurício Nogueira, uma das maiores referências no tema no Brasil, vai demorar ainda para a vacina ter o poder de derrubar os casos.
Leva tempo 2
Vai perdurar e a tendência é aumentar e caminhar, em algumas situações, para o que a gente vê em Manaus e outros pontos do Norte brasileiro. Você teria que vacinar centenas de milhares de pessoas para começar a começar ter algum efeito na circulação. A vacinação no Brasil é muito insipiente ainda. Nos estamos falando em 1 milhão, 2 milhões de doses. Precisamos falar em 30 milhões, 40 milhões de doses para ter algum efeito”, diz o virologista.