Trabalho
O número de crianças e jovens entre 5 e 15 anos que trabalham no Brasil aumentou quase 8 por cento de 2004 para 2005, segundo o IBGE. No país, atualmente, dois milhões e 900 mil menores trabalham e são explorados. Preocupada com o dado a Organização Internacional do Trabalho, em parceria com Agencia Nacional dos Direitos da Infância, fez um levantamento das 82 piores formas de trabalho infantil. No ranking estão o trabalho informal urbano, o doméstico, o narcotráfico, o plantio de drogas, a exploração sexual e o trabalho na agricultura. O estudo foi publicado no livro As Piores Formas de Trabalho Infantil – Um Guia Para Jornalistas. Segundo o coordenador no Brasil do Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil, Pedro Américo Furtado, o Governo Federal tem avançado no combate à exploração de menores. Mas culturalmente ele alerta que o Brasil ainda tem sérios problemas em relação ao trabalho infantil.
A gente ainda esbarra numa situação em que a percepção da sociedade é de que para a criança pobre a solução é o trabalho. E muitas vezes essa situação, essa percepção coletiva se reproduz na maneira em que a mídia cobre o problema. Hoje na situação em que o país está, precisamos é tentar romper aquela cultura que para criança pobre é o traz a dignidade, veja que eu trabalhei e veja onde é que eu estou. Então, o que a gente realmente precisa é tentar romper com essa visão que é uma falácia.
O Brasil foi um dos primeiros países a criar um programa de combate à essa prática. O Programa de Erradicação do Trabalho infantil além de bolsas e escola, oferece atividades de lazer e cultura para crianças de cinco a 15 anos. O Piauí é estado líder na exploração da mão de obra infantil. Em segundo lugar aparece o Maranhão. O Distrito Federal é a unidade da federação onde o problema é menor.