Um loteamento em plena construção e que teria condições de ser um cartão postal de Fernandópolis, seguirá a mesma tradição de alguns iniciados no passado. O residencial Boa Sorte, que pertence ao Grupo Arakaki, terá uma avenida “manca”, ou seja, começa com duas vias, no meio de sua extensão passa a ser mão única e depois volta a ter duas vias.
A façanha autorizada pela Secretaria de Obras é na sequência da Avenida Valério Angeluci que inicia na Augusto Cavalin e terminará na entrada da FEF, passando pelo Sol Nascente e por uma das entradas do Shopping Fernandópolis.
No meio do novo empreendimento, sem nenhuma explicação, barreira, árvore, rocha ou qualquer tipo de obstáculo, a avenida passa a ter uma única pista e ainda estreita, sem condições de passar dois veículos ao mesmo tempo se tiver outro estacionado.
A explicação do setor de obras é que a via “faltando” será construída na área que pertence a Prefeitura, mas não informou quando isso vai acontecer. A avenida ficará totalmente torta, com outras tradicionais na cidade, como a Avenida dos Arnaldo e o prolongamento da Duque de Caxias ou Estrada “Neca Verdi” que liga o bairro Paraíso à rodovia Antonio Faria.
Lá, donos de loteamentos fizeram da forma que bem entenderam e a Prefeitura de Fernandópolis sinalizou com “amém”. Essa avenida também possuí “dentes” na área que pertence ao bairro Wilson Moreira, no extremo norte da cidade. Na Prefeitura, ninguém soube explicar a “façanha”.
O RN chegou a procurar a empresa de engenharia do Loteamento Boa Sorte e até a imobiliária que comercializa os lotes em busca de explicações sobre a avenida “manca”, mas ninguém respondeu os questionamentos.
Na Prefeitura, o setor que autoriza os loteamentos também não deu explicações o porquê na falha da avenida. A responsabilidade de abrir a outra via, ficará a cargo dos impostos pagos pelos munícipes e não do loteador, já que o projeto foi autorizado pela Câmara Municipal e nenhum vereador à época, atentou para o fato.
Fernandópolis é a cidade das avenidas “manca”, marginais tortas, inexplicavelmente ruas sem movimentação com mão única de direção e onde deveria ser mão única, não é. É a valorização do provérbio: quanto pior, melhor.
O prefeito André Pessuto havia mencionado que abriria uma sindicância para apurar os fatos, mas até o fechamento desta reportagem, nada foi feito.
