As fraudes em postos de combustíveis seguem impactando consumidores e o mercado no Brasil. Operações recentes em Campinas (SP) e Cariacica (ES) expuseram esquemas que incluem bombas adulteradas e produtos falsificados. No Espírito Santo, um posto foi fechado após a descoberta de dispositivos que entregavam menos combustível do que o registrado. Em Campinas, a Operação “Fogo na Bomba” lacrou uma bomba por entregar 8% menos do produto prometido.
As fraudes envolvem tecnologia avançada, como chips e controles remotos, ocultos dentro das bombas. Esses dispositivos são ativados estrategicamente para enganar consumidores e reduzir o risco de detecção.
“Promoções com pagamento em dinheiro vivo nos fins de semana são ciladas. Isso dificulta a comprovação de irregularidades e facilita a lavagem de dinheiro”, alertou Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal, em entrevista ao Uol.
Os impactos financeiros são alarmantes: o setor perde R$ 29 bilhões ao ano, sendo R$ 14 bilhões em sonegação fiscal e R$ 15 bilhões em fraudes operacionais. “A bomba registra um volume, mas entrega menos, e ainda há casos em que o combustível está adulterado”, explicou Kapaz. Ele reforça a necessidade de maior fiscalização para coibir práticas criminosas.