Um mês após ser apresentada durante o lançamento oficial da chapa Lula-Alckmin para a Presidência da República, a nova versão da canção “Sem Medo de Ser Feliz”, jingle histórico da campanha petista de Lula em 1989, conhecido popularmente como “Lula lá”, já tem quase 430 mil visualizações no YouTube.
A nova verão traz vozes de peso da Música Popular Brasileira (MPB) como Maria Rita, Lenine, Martinho da Vila, Zélia Duncan, Paulo Miklos, entre outros artistas como Pabllo Vittar, Duda Beat, Chico César, Flor Gil, Gilsons, Russo Passapusso (Baiana System), Martinália, Mateo (Francisco el Hombre), Otto, Teresa Cristina, Odair José, Antonio Grassi, Daniel Ganjaman, Dadi Carvalho, Francis e Olivia Hime, Rogeria Holtz, Ju de Paula e Luciana Worms.
A regravação do jingle mostra como a influência da classe artística têm sido fundamental para as eleições presidenciais nos últimos anos.
Na época, foi o roqueiro Lobão que escandalizou com o clássico durante o período eleitoral, em rede nacional. Na ocasião, ele violou as normas da propaganda eleitoral. Quase 30 anos depois, o músico “virou a casaca” e, nas últimas eleições, foi linha de frente do bolsonarismo. Hoje, o cantor se diz decepcionado com o governo de Jair Bolsonaro.
SERTANEJO BOLSONARISTA
Se de um lado a classe artística, movida pela MPB, mostra preferência por partidos de esquerda, o estilo sertanejo já vem, há tempos, mostrando seu apoio a Bolsonaro e partidos de direita.
Zezé Di Camargo, Gusttavo Lima (investigado pelo Ministério Público “CPI do Sertanejo”), Zé Neto & Cristiano, Amado Batista, Naiara Azevedo, entre outros, são alguns dos nomes da música sertaneja que mostraram apoio ao atual Presidente da República.
Já é sabido que Bolsonaro vai apostar no engajamento de estrelas do sertanejo como contraponto aos artistas que tem levantado a bandeira a favor de Lula.
Segundo reportagem do portal O Globo, a estratégia, de acordo com aliados do presidente, é que esses artistas alavanquem as mesmas bandeiras levantadas pelo presidente, principalmente no que diz respeito ao crescimento do agronegócio como gesto de apoio à sua reeleição. A estratégia também tem o objetivo de conquistar votos de jovens, mulheres e famílias mais pobres. No entanto, a orientação do jurídico do PL (Partido Liberal), partido de Bolsonaro, seria para que os cantores não pedissem voto.