A partir de 2013, a cobrança de pedágio nas rodovias paulistas será feita com equipamentos mais modernos e mais baratos, o que refletirá em redução de custos para os usuários. Além disso, o novo sistema viabilizará um modelo de cobrança mais justo, por trecho percorrido, denominado Ponto a Ponto.
A mudança ocorre após o Governo do Estado assinar uma resolução que determina a utilização de tecnologia mais eficiente no sistema de pagamento eletrônico de pedágio. As concessionárias de rodovias paulistas têm até 2013 para se adaptarem. Os usuários do sistema atual terão dois anos para substituição gratuita do equipamento, a partir de janeiro de 2013. A medida é parte de uma política de transporte público do governo estadual que tem como objetivo facilitar a vida dos usuários de rodovias, baixar os custos de transporte e torná-lo mais eficiente e mais seguro.
Nova tecnologia
A resolução estabelece que a cobrança eletrônica de pedágio nas rodovias paulistas passará a operar em rádio frequência de 915 Mhz – que inclusive dispensa o uso de bateria nos tags instalados nos veículos. O sistema atual, implantado há mais de 11 anos e comercializado como “Sem Parar” adota a frequência de 5,8 GHz e utiliza bateria, devendo ser substituído a cada quatro anos. A aquisição hoje do tag de 5,8 GHz custa R$ 66,72 por veículo de passeio.
O tag de 915 MHz, mais eficiente e sem uso de bateria, custará cerca de R$ 3, podendo ser disponibilizado até mesmo gratuitamente para os usuários. A comercialização dos tags para os usuários é feita por empresas privadas e a Artesp estimula a prática de livre concorrência a fim de resultar em mais benefícios para quem aderir ao pagamento eletrônico. Além disso, os veículos fabricados a partir de 2014 já sairão de fábrica com o tag de 915 MHz instalados de acordo com resolução do DENATRAN/SINIAV.
Sistema Ponto a Ponto
Com a ampliação da nova tecnologia, além de reduzir custos de adesão e manutenção, será possível reduzir a tarifa de pedágio cobrada, principalmente para os motoristas que percorrem distâncias curtas e acabam pagando por um trecho maior da rodovia. Para atingir esse perfil de usuário, já está em fase de implantação o Sistema Ponto a Ponto de pedagiamento eletrônico. O projeto piloto está sendo desenvolvido na Rodovia Santos Dumont, SP 75, no trecho entre Itu (km 15) e Campinas (km 77,6). O Sistema Ponto a Ponto funcionará com a instalação de pórticos com antenas ao longo da via. Os pórticos fazem a leitura automática das tags 915 Mhz instaladas nos veículos, os identifica e registra a cobrança de valor proporcional ao que efetivamente for percorrido. Cada pórtico é uma espécie de praça de pedágio virtual, sem barreiras e cabines de cobrança.
A exemplo, na praça de pedágio localizada no km 60,8 da SP 75 em Indaiatuba, o usuário paga hoje R$ 10,10 pelos 70,5 quilômetros de via colocados a sua disposição. Com o sistema de cobrança por trecho percorrido, a tarifa se torna mais justa: o usuário que sair de Indaiatuba com destino a Campinas pagará R$ 4 ao invés dos R$ 10,10 cobrados hoje. Haverá uma redução de mais de 60% na tarifa. A cada pórtico ultrapassado será somado o valor correspondente ao trecho percorrido. O motorista pagará somente pelo trecho que andar na rodovia. Essa tecnologia já é utilizada nos Estados Unidos e em outros países.
Hoje, 49,1% dos pagamentos de pedágio em rodovias paulistas são feitos através de tag. Cerca de 2,5 milhões de veículos dos 22 milhões registrados em todo Estado possuem tags ativos.
Nos próximos anos, a intenção é superar o índice de 80% de adesão. Isso permitirá a ampliação do Ponto a Ponto, sistema de passagem livre conhecido como free flow, onde não há pedágio de barreiras, como os existentes nas praças atuais. Mas apenas os pórticos capazes de registrar a passagem dos veículos através de antenas e câmeras. O sistema tornará as viagens mais ágeis e seguras, uma vez que não é necessário parar nas cabines.