O jogador de futebol Neymar prestou depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal como testemunha na operação que investiga agiotagem, lavagem de dinheiro e receptação. O atleta foi ouvido na tarde desta quarta-feira (1º), por videoconferência e acompanhado por seus advogados.
“A testemunha contribuiu com as investigações, que seguem em sigilo”, informou a PCDF.
Eduardo Rodrigues da Silva, suspeito de fazer parte do esquema, se entregou na noite de segunda-feira (30) e está preso preventivamente. Ele estava foragido desde sexta (27), quando a Polícia Civil deflagrou uma operação contra o grupo.
Outras três pessoas foram presas na ocasião (veja detalhes abaixo). De acordo com a polícia, dois suspeitos tiveram a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias e continuam detidos. Um terceiro investigado foi solto.
De acordo com a investigação, Eduardo é dono de uma loja de joias em Taguatinga. No local os agentes apreenderam joias roubadas que, segundo a polícia, eram receptadas e depois seriam revendidas. O g1 tenta contato com a defesa dos presos.
Segundo a investigação, Neymar recebeu duas joias de um dos homens que é alvo da operação. O jogador não é considerado investigado, ele é testemunha.
A operação
Os alvos da operação são donos de um cassino de pôquer em Águas Claras, onde também ocorreriam os esquemas de agiotagem, principalmente entre os jogadores que se endividavam durante as partidas.
Agentes cumpriram mandados de busca na joalheira, no cassino e em uma marina, na Asa Norte. Segundo as investigações, o grupo movimentou R$ 16 milhões, entre 2019 e 2021.
De acordo com a polícia, a lavagem de dinheiro da agiotagem e da receptação das joias e pedras preciosas roubadas acontecia por meio de contas bancárias de seis empresas de fachada, em Brasília e em Goiânia. Um “laranja” também foi preso.
A Justiça determinou ainda a apreensão de dois veículos de luxo e uma lancha avaliada em R$ 2 milhões, além de R$ 16 milhões de cinco contas dos investigados.