Usando da inocência e da profundidade da imagem que ilustra meu texto, não sei se para bem ou para mal, me animo cada vez mais com as coisas que me cercam.
A verdade é que sim, existem pessoas com uma consciência política avassaladoramente culta e capaz de discernir o certo do errado, o supérfluo do necessário.
A questão nessa verdade toda é; Nós todos, donos dessa tamanha consciência política polida e cheia de certezas e convicções, somos capazes de não nos submetermos aos mesmos erros daqueles que criticamos se formos postos a prova?
E mais, (usando da inevitável máxima de que “manda quem pode, obedece que tem juízo”) seríamos nós capazes de ao exemplo de tantos “Mandelas” batermos na porta dos “sujeitos eleitos” e de seus agregados e, indo contra todo este sistema na luta contra toda esta inversão de valores, na expectativa de ao menos dar um pouco mais de honestidade ao serviço público e certa qualidade aquilo que deveríamos ter em excelência por direito? Se sim ou se não, apenas o tempo pra dizer.
Enquanto isso “vou nas palavras” que me motivam a tais comentários na certeza de que nada, absolutamente nada nesta vida tem certeza definida (a não ser a morte).
Tudo por aqui é transitório, relativo, dependente de muitos fatores.
– Talvez a receita seja esta mesma que meu um bom amigo jornalista tenha descrito com tanta excelência; “Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno” – apenas o necessário, em concessões favoráveis a todos.
Abaixo, por Walter Duarte (Chefe de reportagem do jornal – O liberal – Americana – SP)
“Acho que nenhum brasileiro espera que a Roseana Sarney coma macarrão com salsicha ou que nossos senadores limpem as mãos no banheiro com toalhas de 1,99… só acho que nossos políticos precisam entender que há gente no nosso país que não tem nem isso (ou que dá um duro danado pra ter só isso enquanto banca as toalhas felpudas e as latas de caviar)! Nem tanto ao céu, nem tanto ao inferno.”