Representantes dos governos da Ucrânia e da Rússia realizaram nesta segunda-feira (28/02) uma reunião na cidade de Gomel, em Belarus, perto da fronteira com a Ucrânia.
O objetivo do encontro era tentar avançar na direção de um cessar-fogo, mas não houve resultado prático imediato. Logo após o fim encontro, mísseis russos continuavam atingindo cidades ucranianas, inclusive Kiev.
A agência de notícias russa RIA afirmou que haverá uma segunda rodada de conversas entre os representantes dos dois países, sem data divulgada.
A delegação russa foi chefiada pelo enviado especial do Kremlin, Vladimir Medinsky, enquanto o lado ucraniano foi representado por Davyd Arakhamia, que lidera o partido do presidente Volodomir Zelenski no parlamento ucraniano.
Um dos representantes da Ucrânia na reunião, Mykhailo Podolyak, afirmou no Twitter após o encontro que as negociações foram difíceis. “O lado russo, infelizmente, ainda tem uma visão muito tendenciosa do processo destrutivo que iniciado por ele”, afirmou.
A Ucrânia pediu um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas de seu território.
Mais cedo nesta segunda-feira, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em uma conversa telefônica com o presidente da França, Emmanuel Macron, apresentou suas condições para encerrar a guerra na Ucrânia.
Putin quer que a Ucrânia se declare neutra entre a Rússia e o Ocidente e seja “desmilitarizada” e “desnazificada”. Além disso, o controle da Rússia sobre a península da Crimeia, tomada à força por militares russos da Ucrânia em 2014, teria que ser formalmente reconhecido.