Erika de Souza Vieira Nunes, presa após levar Paulo Roberto Braga, o Tio Paulo, a uma agência bancária do Rio de Janeiro para retirar um empréstimo, afirmou não ter percebido que o idoso estava morto durante o atendimento no caixa.
“Não consegui perceber. Eu acho que nem eu, nem muita gente percebeu que ele faleceu. Como você dá um papel para um morto assinar? Se ela [a atendente da agência] tivesse percebido algo, não tinha dado”, afirmou Erika em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
“Eu não sou esse monstro”, desabafou a mulher. “Foram dias horríveis [na prisão]. Longe da minha família. Foi muito difícil o que eu vivi”.
De acordo com Erika, foi o próprio idoso, ainda lúcido, quem solicitou o empréstimo. “Nossa relação era ótima. Ele era independente, andava, fazia o que ele queria, tinha uma mente boa. Ele não era cadeirante e eu não era cuidadora dele.”
Ela foi presa em flagrante por tentativa de estelionato e desrespeito ao corpo no dia 16 de abril. No entanto, em 2 de maio, a Justiça do Rio de Janeiro ordenou sua libertação, acatando o pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa.