O técnico Tite aproveitou a utilização do árbitro de vídeo pelo holandês Bjorn Kuipers, que anulou pênalti que havia dado sobre Neymar na partida desta sexta-feira contra a Costa Rica, para dizer que a Seleção Brasileira não precisa e não quer ajuda da arbitragem na Copa do Mundo.
Quer apenas, segundo o treinador, a adoção do mesmo critério em todos os jogos e que ocorra justiça nas decisões de arbitragem.
“Não precisamos de arbitragem para vencer jogos, mas esperamos que seja justa. Que tal qual foi olhado hoje, seja olhado lá antes, que se interprete como quiser, mas que olhe”, disse o treinador em entrevista coletiva após a vitória por 2 a 0, em São Petersburgo. “Não queremos auxílio e, sim, ganhar sendo mais competentes.”
Na partida entre Brasil e Suíça, a Seleção reclamou de um empurrão em Miranda no gol do rival e da não marcação de um pênalti em Gabriel Jesus. Os brasileiros queriam que o árbitro de vídeo fosse consultado, o que não aconteceu. Por isso, Tite falou em justiça.
Ele viu pênalti em Neymar na partida contra os costa-riquenhos. Mas não reclamou diretamente de o árbitro ter revisto sua posição com a utilização do VAR. “Tanto pode dar como não dar, falando eu, Adenor. Com uma pitada um pouco mais do que aquele do Gabriel Jesus [na estreia], que falei que era interpretação. Se sou eu, árbitro, cal, mas respeito a marcação porque é passível de interpretação.”
Tite disse ter ficado contente pelo fato de os jogadores não terem reclamado da decisão do juiz de consultar o VAR – depois que a marcação do pênalti foi anulada, Neymar deu um sorriso irônico.
“No primeiro jogo eu pedi para eles não reclamarem. Tivemos uma reunião com o (Wilson Luiz) Seneme e ele falou: Não reclamem, deixa pra arbitragem. Só vai lá e olhe. Se decidiu dar ou decidiu não dar, que olhem. Pra mim, é pênalti. Se foi olhar lá e não deu, segue.”