sábado, 16 de novembro de 2024
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Não haverá diálogo com crime, diz futuro secretário de segurança de SP

Nesta quinta-feira, 15, o programa Pânico recebeu o deputado federal Capitão Derrite (PL-SP). Futuro responsável pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na gestão de Tarcísio de Freitas, o parlamentar afirmou…

Nesta quinta-feira, 15, o programa Pânico recebeu o deputado federal Capitão Derrite (PL-SP). Futuro responsável pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na gestão de Tarcísio de Freitas, o parlamentar afirmou que busca conter a alta de furtos e roubos no centro da capital paulista em um trabalho conjunto com a polícia científica.

“Temos um costume errado no Brasil de querer jogar a culpa na vítima. A população tem que andar segura na rua, quem tem que garantir a segurança publica é o Estado através de suas forças policiais. Uma média de 600 roubos por mês [no centro], 20 roubos por dia em média. Esse é um problema que vamos encarar de frente”, disse. “O uso da tecnologia é fundamental com o combate à economia ilícita. Só existe o roubo porque alguém na ponta da linha está pagando mil reais por esse celular. O trabalho da polícia científica para coibir também a ponta da linha é importantíssimo para fechar esse ciclo, aí sim a gente vai começar a diminuir esses indicadores. Da minha parte, e tenho certeza que da parte do governador, não vai haver diálogo com o crime. Com o crime é aplicação da lei. Tolerância zero contra o crime. Não quer dizer também que vamos estimular o confronto. Boa parte da imprensa que não me conhece acha que o tenente Derrite da rota de 14 anos atrás vai estimular os policiais. Não. Até porque o maior prejudicado nessa história é o próprio policial”, acrescentou.

Entre seus principais planos para a gestão, Guilherme Derrite assegura que irá focar no plano de carreira e no salário dos policiais em serviço. “Sem dúvida alguma é um grande desafio, mas também uma grande oportunidade para que a gente possa ajudar a população paulista que sofre tanto com esse grave problema de segurança pública. Não adianta querer cobrar do profissional resultados bons e diferentes, quando a pessoa que está executando o serviço está em condições lastimáveis”, explicou. “Precisamos, sim, ter um triângulo de salário, plano de carreira e carga horária de trabalho. Os policiais em São Paulo trabalham mais do que todos em outros Estados, não só em tempo de serviço, a carga horária é muito grande. O índice de criminalidade vem aumentando ao longo dos anos, é importante falar isso, a população vê isso”, explicou. Derrite ainda confirmou o delegado Osvaldo Nico como secretário adjunto e o coronel Cássio Nunes e Freitas como comandante geral da Polícia Militar. “É uma cara nova na polícia, mostrando que são pessoas que conhecem a segurança publica na ponta da língua.”

Derrite não detalhou as próximas medidas que serão tomadas quanto às câmeras nas fardas dos policiais, mas garantiu que seguirá estudos técnicos para tirar conclusões. “Alguns estudos estão sendo feitos, inclusive da FGV. Muitos policiais aprovam, outros desaprovam. Sempre fui um crítico das câmeras, mas nenhuma atitude vai ser tomada sem antes serem analisados os pormenores dos benefícios e prejuízos de qualquer política pública”, afirmou. Segundo ele, a Secretaria de Segurança Pública irá se inspirar em políticas municipais e criar o “Muralha Paulista”, programa policial de monitoramento tecnológico.

“Algumas cidades têm iniciativas boas, a gente não pode esquecer dos guardas municipais. São José dos Campos é uma referência do uso de tecnologia. Nós vamos implementar em São Paulo a Muralha Paulista, que tem o objetivo de realizar convênio com os municípios e fazer a conexão de todos os radares e câmeras dos municípios que já possuem dentro de um guarda-chuva do Estado, para que um cara que roube um veículo ou uma moto seja monitorado e avisado para as viaturas. Independente do local que ele venha cometer o delito, a gente tem que usar essa tecnologia para capturar o criminoso, prendê-lo e colocá-lo à disposição da Justiça”, concluiu.

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