quinta, 15 de maio de 2025
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Namorado de médica encontrada morta em mala é condenado a mais de 31 anos de prisão

O namorado da médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de uma mala em um apartamento de São José do Rio Preto (SP), foi…

O namorado da médica Thallita da Cruz Fernandes, de 28 anos, cujo corpo foi encontrado dentro de uma mala em um apartamento de São José do Rio Preto (SP), foi condenado a 31 anos e seis meses de prisão nesta terça-feira (22). A decisão, proferida após um júri popular de aproximadamente seis horas no Fórum da cidade, ainda cabe recurso.

Davi Izaque Martins Silva, de 29 anos, foi sentenciado pela juíza Gláucia Véspoli dos Santos, da 5ª Vara Criminal de São José do Rio Preto, a cumprir pena em regime fechado pelos crimes de homicídio quadruplicado e tentativa de ocultação de cadáver. A denúncia do Ministério Público (MP), baseada no indiciamento da Polícia Civil, havia sido aceita pela Justiça em setembro de 2023. A determinação do júri popular foi publicada no Diário Oficial da Justiça em 16 de junho de 2024.

As investigações da Polícia Civil, conduzidas pela Divisão Especialização em Investigações Criminais (Deic), apontaram que Thallita Fernandes foi esfaqueada na manhã do dia 18 de agosto de 2023, logo após a chegada do namorado ao seu apartamento no bairro Redentora. O desaparecimento da médica foi notado por sua mãe, que mora em Guaratinguetá (SP), levando uma amiga da vítima a verificar o apartamento. Ao encontrar o local trancado, a amiga acionou a polícia, que localizou o corpo de Thallita nu, dentro de uma mala na lavanderia. A vítima apresentava múltiplos ferimentos no rosto causados por faca, e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou hemorragia aguda como causa da morte.

Imagens de câmeras de segurança do prédio mostraram Davi como a última pessoa a entrar e sair do apartamento da vítima. Ele foi visto deixando o local de boné e camiseta vermelha, utilizando um carro de aplicativo que o aguardava na rua. A polícia informou que Davi chegou a deixar a cidade, indo para Olímpia (SP), mas retornou a Rio Preto, onde foi detido.

Em depoimento ao delegado, o acusado confessou o crime, alegando ter usado drogas antes do assassinato e confirmado uma briga com Thallita no mesmo dia. Segundo a polícia, a intenção de Davi era ocultar o corpo na mala, mas ela rasgou. As investigações apontaram que o acusado não possuía antecedentes criminais e que a polícia não observou sinais de arrependimento em seu comportamento. A principal linha de investigação é que Davi era financeiramente dependente da vítima e não aceitava o fim do relacionamento. Antes do julgamento, familiares e amigos de Thallita realizaram um protesto em frente ao fórum, e muitos acompanharam a leitura da sentença no plenário.

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