terça-feira, 15 de outubro de 2024
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Na 1ª propaganda, Dilma ataca FHC e Aécio aposta em Tancredo

Foi ao ar na TV, na noite desta quinta-feira, a primeira propaganda eleitoral obrigatória do segundo turno. Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), candidatos a presidente, usaram estratégias diferentes:…

Foi ao ar na TV, na noite desta quinta-feira, a primeira propaganda eleitoral obrigatória do segundo turno.

Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), candidatos a presidente, usaram estratégias diferentes: a petista usou esquetes diversificadas, em que foram abordados temas como os eleitos da base aliada no primeiro turno, os programas sociais realizados em sua gestão, ataques ao oponente e projetos para um próximo governo. O tucano, por sua vez, focou na “necessidade de mudança”, no apoio de outros presidenciáveis, em seus feitos como governador de Minas Gerais, e na imagem de seu avô, Tancredo Neves.

Rejeição do PSDB em Minas e ataques a FHC

A propaganda eleitoral começou com a campanha de Dilma Rousseff, em que ela ressaltou que o governo petista também tem o intuito de promover mudanças no País: “governo novo, ideias novas”. Em seguida, a candidata destacou a vitória do partido em Minas Gerais, que elegeu Fernando Pimentel (PT) como governador, após 12 anos de governo tucano.

Após relembrar a base aliada do PT que foi eleita no primeiro turno, Dilma afirmou que “entendeu o recado das ruas e das urnas”. Foram, então, resgatados os programas sociais promovidos em sua gestão, com a fala de pessoas que foram beneficiadas principalmente em ações sociais.

Segundo a petista, o PSDB “representa o modelo que quebrou o País três vezes”, listando escândalos de corrupção, privatização, desemprego e recessão durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso. “(O governo de FHC) se curvou ao FMI e esqueceu os mais pobres”, continuou a candidata à reeleição.

Continuando os ataques, a campanha relembrou a fala em que FHC chamou de “vagabundos” os trabalhadores que se aposentam antes dos 50 anos, durante a época em que foi presidente. Também foi resgatada a entrevista recente em que FHC comentou o preconceito contra nordestinos, em que ele opinou: “não é porque são mais pobres que votam no PT, mas porque são menos informados”.

Para finalizar, Dilma retomou a fala e expôs suas ideias para um possível segundo mandato. A petista afirmou que criará o programa Mais Especialidade, em que abrirá clínica médicas públicas, privadas e filantrópicas de especializações médicas. Ela ainda falou sobre a criação de centros de unificação das polícias estaduais e federal, reforma no ensino básico, combate à corrupção, novas políticas sociais e reforma política.

Tancredo Neves e necessidade de mudança

Aécio Neves, por sua vez, usou o começo de sua propaganda para contar a trajetória de seu avô, Tancredo Neves, primeiro presidente eleito após o fim da ditadura militar, mas que morreu antes de assumir o cargo. Na sequência, o tucano assumiu a palavra e focou seu discurso na necessidade de renovação no governo do País.

“No fundo, no fundo, você também quer mudar. Dê mais uma chance à sua esperança”, disse Aécio, ao falar sobre querer construir “um Brasil melhor”. “Nós temos um grande futuro pela frente”, completou, sem especificar propostas de governo.

Após mostrar muitos vídeos e fotos de sua campanha pelo Brasil, Aécio apostou em expor feitos realizados em suas duas gestões como governador de Minas Gerais, destacando avanços na educação do Estado. Dois atores, então, fizeram um paralelo entre o governo de Aécio em Minas, e o de Dilma no Brasil: “o que você prefere, mudar com Aécio ou ficar com Dilma?”, finalizou o case.

Na campanha, o PSDB focou ainda no apoio de políticos de outros partidos, como os presidenciáveis Pastor Everaldo (PSC) e Eduardo Jorge (PV) – que ficaram para trás no segundo turno -, além de Roberto Freire (PPS) e do PSB – Marina Silva, no entanto, ainda não fez seu apoio oficial, pois anunciou nesta quinta a sua lista de exigências. “O Aécio representa a verdadeira mudança que o Brasil está precisando”, disse Pastor Everaldo durante seu ato de anúncio do apoio.

Para finalizar, Aécio apresentou pesquisa realizada pela revista Época (do instituto Paraná) nesta semana, em que ele foi escolhido por 54% dos eleitores e Dilma por 46%.

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