O museu de Uchôa estuda o fóssil de um Titanossauro encontrado na última semana por um comerciante em sua propriedade rural na cidade de Jaci. A peça de 25 quilos entra para o grupo de materiais arqueológicos já encontrados aqui na nossa região.
No museu cerca de 400 peças compõem o centro de estudo. Desse total, 300 delas foram encontradas só em cidades da Gazeta como Uchôa, Ibirá, Cedral e agora Jaci.
Segundo o paleontólogo, Fabiano Iori, o fêmur estava desprendido de uma rocha do sítio quando foi descoberto pelo comerciante em sua propriedade rural. “O comerciante é dono de uma loja de materiais para construção e encontrou a peça em seu sítio. No começo eles acharam engraçado, falavam que era história de pescador e chegaram até expor o fêmur na loja. No último domingo (26/11) me chamaram para comprovar a autenticidade do material”, fala.
O Titanossauro era o maior e mais representativo dinossauro da América do Sul e viveu aqui, na nossa região, há cerca de 65 milhões de anos atrás. Ele podia ter atá 15 metros de comprimento, 6 metros de altura, pesava cerca de 15 toneladas, em média, e se alimentava de samambaias.
“Aqui na nossa região é bastante comum encontrarmos esse tipo de material arqueológico. Temos peças no museu, por exemplo, do abelissauro e do megaraptor que foram dinossauros carnívoros, bípedes e que podiam pesar até 500 toneladas”, explica Fabiano.
A peça encontrada em Jaci já foi trazida para o museu de Uchôa, onde está sendo preparada para exposição. O paleontólogo acredita que até o fim da semana o material deva estar exposto ao público no museu da cidade.
“Muito importante não só para o museu, mas também para ajudar a contar a história destes habitantes da terra que viveram aqui há milhões de anos atrás”, finaliza.