O Museu da Bíblia anunciou que cinco dos seus fragmentos de Manuscritos do Mar Morto, documentos bíblicos de 2.000 anos descobertos nas cavernas desérticas de Qumran, em Israel, são falsificações e não estarão mais em exibição no museu, situado em Washington, nos Estados Unidos.
Os cinco fragmentos fazem parte de uma coleção de 16 que é detida pelo museu fundado pelo bilionário Steve Green. Depois de analisados por especialistas na Alemanha, determinou-se que mostram “características inconsistentes com origem pré-histórica”.
O Guardian afirma que esta notícia surge depois desta publicação ter lançado, no ano passado, algumas dúvidas sobre os fragmentos de manuscritos que têm sido vendidos recentemente, assim como sobre comércio de antiguidades atual.
Estes fragmentos, recorde-se, podem ser vendidos por um valor alto.
Os Manuscritos do Mar Morto são uma coleção de rolos de textos e fragmentos de textos encontrados nas cavernas de Qumran, na Cisjordânia, nas décadas de 1940 e 1950, sendo considerados a versão mais antiga do texto bíblico, pois remontam ao período do Segundo Templo (que corresponde ao ano 516 a.C.).
Escavações em uma caverna a oeste de Qumram, na costa noroeste do Mar Morto, revelaram que os Manuscritos do Mar Morto do Segundo Templo estavam ali escondidos e foram saqueados por beduínos (povo nômade) em meados do século XX.
Em Qumran foram descobertos inicialmente 900 manuscritos, a maioria mal conservados, que incluem as cópias mais antigas em hebraico do Antigo Testamento.