A Justiça e o Ministério Público Estadual começaram a exigir demissão de parentes de políticos dos cargos públicos no interior de São Paulo. Em pelo menos seis cidades, a troca está sendo determinada nas Prefeituras, Câmaras e autarquias por meio de determinações da Justiça Estadual ou por ações do MP.
Em Araçatuba, o Tribunal de Justiça (TJ) acatou ação popular e o prefeito Maluly Netto (PFL) terá de demitir, entre outros parentes, a mulher Terezinha Maluly e a filha Tânia, ambas empregadas como secretárias do município. No total, cerca de 80 funcionários apadrinhados deverão ser demitidos na Prefeitura, Câmara e Departamento de Água e Esgoto.
Dos 12 vereadores de Araçatuba, apenas dois não têm parentes empregados em cargos de confiança e o presidente da Casa, Antônio Edwaldo Costa (PSDB), já anunciou que o Legislativo vai recorrer da determinação do TJ. Costa tem pelo menos três parentes empregados na Câmara.
Em Catanduva, o prefeito Afonso Macchione (PSDB) já demitiu o irmão Renato Macchione, que permanecerá até dia 30 no cargo. Na Câmara, pelo menos três vereadores terão de demitir parentes. No total, mais de dez servidores deverão deixar os cargos. As demissões foram decididas depois de um Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o MP.
O mesmo ocorreu em Uchoa, Ipiguá, Cedral e Guapiaçu, cidades da região de São José do Rio Preto, onde os políticos estão sendo obrigados a demitir cerca de 20 parentes contratados em cargos de confiança.
