Dezenas de mulheres se juntaram nesta segunda-feira em frente a CPJ (Central de Polícia Judiciária) para prestar apoio à mulher apontada como autora do assassinato do irmão, Bruno Augusto Marques de Araújo, o Bruninho, 31 anos, morto a tiros na tarde do último dia 23 na rua Tibiriçá, em Araçatuba.
Ela iria se apresentar nesta segunda-feira (27) na DH/Deic Delegacia de Homicídio da Deic, acompanhada de seu advogado, Flávio Batistella, mas devido a questões de agenda, a apresentação e depoimento da mulher foi remarcada para quarta-feira de manhã. A reportagem apurou que o grupo também está mobilizando uma vaquinha virtual para ajudar a mulher.
Batistella disse que houve o adiamento por questões de agenda da própria polícia, e que sua cliente continua aguardando para se apresentar e prestar depoimento para colaborar com o trabalho de investigação, e irá contribuir no que for necessário para o andamento tanto do inquérito como do processo.
A reportagem havia apurado inicialmente que uma das hipóteses para a motivação do crime seria o fato de Bruninho ter abusado sexualmente de uma sobrinha, que teria 11 anos.
O delegado Antônio Paulo Natal confirmou que a mulher é apontada como autora do crime. Durante o registro da ocorrência, policiais ouviram o pai da vítima e da acusada dizer que ela não precisava ter matado o irmão.
Ele também reconheceu a filha em vídeo de circuito de segurança que captaram imagens dela chegando na casa e depois perseguindo o irmão na rua, antes dele cair.
Conforme a polícia apurou com base nas imagens, a mulher chega na casa do irmão, estaciona a moto, uma Honda Biz, e entra na casa. Depois de um tempo ela volta na moto, pega algo sob o assento da motoneta e entra novamente. Na cena seguinte a vítima sai correndo com a mão na barriga, sendo perseguido pela irmã. Ele cai na calçada e em seguida a mulher foge.
Segundo a polícia, a arma usada pela autora foi uma pistola 380. Num primeiro momento foram constatadas seis perfurações na vítima, na região do tórax e abdome. Uma equipe do Samu chegou a ir ao local, mas ele já estava morto.
A versão de que a autora teria se vingado porque Bruninho havia abusado de uma sobrinha criança, foi relatada por parentes. Áudios com essa versão também se espalharam rapidamente em grupos de whatsapp. Bruninho tinha várias passagens pela polícia, incluindo roubo.