As mulheres donas de gatos são mais propensas a sofrerem com problemas de saúde mental e suicídio.
O estudo mostrou que mulheres infectadas com Toxoplasma gondii – parasita que é transmitido através do contato com as fezes de gato, carnes mal cozidas ou legumes não lavados – possuem maior risco de se matarem por pensamentos suicidas.
Cerca de 1/3 da população mundial está infectada com o parasita, que se esconde nas células cerebrais e musculares, muitas vezes sem produzir sintomas.
A infecção deste protozoário, doença chamada toxoplasmose, tem sido associada com problemas mentais, tais como esquizofrenia e alterações do comportamento. Cientistas americanos, dinamarqueses e suecos pesquisaram 45 mil mulheres que deram à luz entre 1992 e 1995.
Os bebês não produzem anticorpos contra Toxoplasma gondii até 3 meses após o nascimento, então, os encontrados no sangue são derivados de suas mães.
Os pesquisadores vasculharam os registros de saúde da Dinamarca para determinar se alguma das mulheres diagnosticadas com o protozoário tentou suicídio, incluindo ameaças com armas de fogo e instrumentos cortantes.
Eles descobriram que mulheres infectadas tinham maiores chances de cometerem suicídio em comparação com aquelas que não possuíam o parasita. Os riscos pareciam aumentar de acordo com a taxa de anticorpos no sangue
O parasita vive no intestino dos gatos e é transmitido através de oocistos de suas fezes. Todos os animais de sangue quente podem ser infectados com a ingestão dos oocistos. O protozoário se espalha no corpo atingindo o cérebro e os músculos, se escondendo do sistema imunitário dentro das células.
Os seres humanos podem ser infectados quando vão limpar as caixas de areia dos gatos, ao comer vegetais não lavados, beber água de fontes contaminadas ou mais comumente, comer carnes mal cozidas infestadas com T. gondii.
As mulheres grávidas podem passar o parasita para seus bebês ainda na gestação e são aconselhadas a não tocarem nas caixas de areia dos animais.
A pesquisa foi encabeçada por Teodor Postolache da Universidade de Maryland e foi publicada na revista Archives of General Psychiatry.