“Mostrar que o povo está ao lado do presidente”. É com esse objetivo que no sábado (18) será instalado em Votuporanga um outdoor, na avenida João Gonçalves Leite (Avenida do Assary), em apoio a Jair Bolsonaro. A iniciativa foi encampada por um grupo denominado “Mulheres com Bolsonaro”, que faz parte do já famoso movimento “Direita Votuporanga”.
Mas, quem são essas mulheres? Para trazer essa resposta o jornal A Cidade as procurou e conversou com uma representante delas, a profissional de marketing digital votuporanguense, Katiane de Oliveira Lima, de 41 anos. Mãe de uma garota de 17 anos, ela se diz uma mulher normal, de ideais firmes e conservadores.
“Como mulher, quando falo em favor do Bolsonaro, as vezes sou vista até de forma pejorativa por outras mulheres, principalmente as com ideais feministas, mas na verdade sou apenas uma mulher comum com pensamentos e ideais diferentes dos delas, conservadora. Não sou candidata a nada e nem pertenço a nenhum partido, sou apenas uma cidadã que apoia o governo de Jair Bolsonaro e estou me posicionando”, disse.
Como ela, várias outras votuporanguenses seguem os mesmos ideais e por isso surgiu o “Mulheres com Bolsonaro”. O grupo se uniu recentemente e foi dele que surgiu a iniciativa do outdoor.
“Diante de todos os ataques que o presidente tem sofrido, sem poder governar direito, tivemos a ideia de mostrar que ele tem o apoio do povo e que temos voz e poder. Então nos organizamos, fizemos vaquinha, montamos estratégia, vimos o melhor lugar, tudo aconteceu e está vindo mais coisas por aí”, contou.
Ainda segundo Katiane, tudo será feito em obediência as determinações de segurança para evitar a propagação do coronavírus. “Não vamos promover nenhuma aglomeração, não haverá um ato em si. Vamos fazer a inauguração e queremos que as pessoas passem por lá, tirem fotos, postem, e mostrem o apoio ao Bolsonaro. As mulheres que passarem lá vão receber uma surpresinha”, completou.
Polêmica
Katiane também não fugiu da polêmica. Questionada sobre as recentes ações do STF (Supremo Tribunal Federal) que resultam na prisão de alguns e buscas e apreensões em casas de dezenas de apoiadores do presidente ela disse que “soldado que vai à guerra e tem medo de morrer é covarde”.
“Temos que valorizar este direito de expressão, porque há diferenças de ideologia e pensamentos, isso é natural e vamos combatê-las com o diálogo, com debate, vamos conversar. Mas como combater, se temos medo de falar e sermos presos? Isso não pode. Temos que ser a favor da democracia e ser a favor das pessoas falarem o que pensam e se isso for derrubado e a censura vir à tona, não podemos temer. Como diz nosso querido presidente ‘soldado que vai à guerra e tem medo de morrer, é covarde’, nós estamos aí. O povo tem que se manifestar, é direito do povo”, concluiu.