A espectadora que provocou a maior queda da história do Tour de France, a mais tradicional competição de ciclismo de estrada do mundo, em 26 de junho, vai a julgamento.
Quatro dias após o acidente, a mulher, que não é identificada por questões legais, foi presa em Landerneau, na Bretanha (França), em meio a rumores de que tentava sair do país.
A mulher, que exibia um cartaz com mensagem para os avós, na etapa entre Brest e Landerneau, posicionou-se na frente do atleta alemão Tony Martin, que colidiu com o papelão, caindo e criando um efeito dominó com o qual mais de 20 ciclistas foram ao chão e oito precisaram de tratamento. Dois deles desistiram da competição. No total, 50 ciclistas sofreram algum tipo de prejuízo com a ação da espectadora.
Ela foi acusada de causar ferimentos de forma involuntária e colocar a vida de outras pessoas em risco, relata a Sky News. A mulher pode ser multada ou mesmo condenada à prisão.
“O público é a chave para as corridas de ciclismo, deve permanecer assim, mas isso deve ser feito com respeito à integridade física dos ciclistas”, disse Romuald Palao, advogado da Associação de Ciclistas Profissionais. “Este caso é representativo do que pode acontecer com pessoas que querem se colocar no centro das atenções com fotos e vídeos. Tem que ser feito com um mínimo de bom senso e não era o caso lá”, acrescentou.
A organização do Tour de France, por sua vez, desistiu de processar a espectadora.