Uma moradora de Sebastianópolis do Sul perdeu R$1.180,12 no golpe do falso empréstimo. Ela fez contato com supostos representantes de uma financeira através da internet e depois por pelo WhatsApp.
Dois golpistas trocaram várias mensagens com a vítima, até concluirem um falso empréstimo de R$5.890,12.
Eles enviaram foto de um comprovante de transferência bancária do valor do empréstimo supostamente depositado na conta da mulher, porém ela não conseguiu sacar. A imagem enviada mostrava o valor bloqueado.
Os criminosos exigiram o pagamento inicial de R$ 290,00 para o “contrato”, e mais dois depósitos de R$445,06 para o suposto “desbloqueio” do dinheiro.
Ao descobrir que era golpe, procurou a Polícia Civil e registrou uma ocorrência.Ela forneceu cópias do contrato enviado pelo aplicativo de celular, além das conversas e os números dos celulares dos picaretas.
Os aparelhos tem código de operação de São Paulo, mesmo local da sede da empresa.
A vítima forneceu cópias dos documentos à reportagem do VotuporangaTudo com objetivo de alertar outras pessoas e contou que os criminosos têm muita habilidade e poder de convencimento, o que pode levar muitas pessoas a caírem no mesmo golpe.
COMO FOI O GOLPE:
A vítima pesquisou na internet financeira para empréstimo pessoal.
Ela clicou em um site e preencheu uma proposta.
Logo em seguida começou a receber mensagens no celular, até efetuar os depósitos.
COMO FUNCIONA:
Segundo policiais e consultores em segurança digital ouvidos pela reportagem, esse tipo de golpe é aplicado até mesmo por detentos de penitenciárias.
Eles utilizam indevidamente nome de empresas idôneas, ou ainda abrem empresas apenas de “fachada”.
No caso relatado, a pesquisa do CNPJ indica que a empresa existe e está ativa e registrada na Receita Federal como atividades de teleatendimento e holdings de instituições não-financeiras.O perfil do contato do WhatsApp também é falso. Nesse caso, as fotos são “roubadas” de pessoas comuns, nas redes sociais.
As contas utilizadas para os depósitos feitos pelas vítimas também são fraudadas, muitas vezes até de pessoas mortas, ou que tiveram dados roubados e nem sabem.
No caso da vítima de Sebastianópolis, os depósitos foram feitos em contas de três mulheres.
O chip do celular utilizado no crime também é registrado na operadora em nome de terceiros, pessoas que também tiveram dados roubados. Após alguns dias de uso eles são destruídos. Ou seja, dificilmente a polícia consegue chegar aos verdadeiros criminosos.
O alerta dos especialistas é que as pessoas procurem instituições bancárias ou financeiras com sedes físicas, o que reduz o grau de risco nas contrações.