Alegando precisar atender seu “sugar daddy”, uma mulher pediu permissão para sair do júri responsável pelo caso do atirador Nikolas Cruz, que matou 14 alunos e três funcionários numa escola na Flórida, nos EUA, em 2018. Segundo o portal “Independet”, a juíza Elizabeth Scherer ficou “perplexa” com a justificativa de falta, apresentada nesta segunda-feira, ao tribunal em Fort Lauderdale.
Cruz se declarou culpado, em novembro, pelo ataque na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland. Em seguida, o caso passou para a fase de sentença.
“Antes de mais nada, deixe-me esclarecer: 2 de julho é meu aniversário, 4 de julho é meu filho e 18 de julho é do meu outro filho”, começou dizendo a mulher que faria parte do júri, identificada apenas pelo sobrenome Bristol. “E novamente, eu preciso resolver algo. Eu tenho meu sugar daddy que vejo todos os dias”.
“Desculpe, como é?”, indagou a juíza, ao ser surpreendida.
Bristol então repetiu: “meu sugar daddy”.
E a juíza voltou a esboçar uma expressão confusa e comentou que “não sabia exatamente” de que forma aquilo impediria a mulher de atender suas funções no tribunal. Ainda sem compreender muito bem as razões da jurada, Scherer seguiu adiante nos procedimentos do julgamento, e Bristol acabou sendo dispensada.
A sentença máxima que Cruz poderá receber é a pena de morte, caso o júri seja unânime nessa decisão. Caso contrário, o autor do massacre poderá enfrentar prisão perpétua sem liberdade condicional. É possível que os advogados dele argumentem o suposto uso de drogas e de bebidas alcóolicas de sua mãe durante a gravidez lhe causaram danos cerebrais, e que ele teria sido abusado sexualmente, desenvolvendo um histórico de distúrbios de saúde mental.