Uma refugiada congolesa de 50 anos morreu de desnutrição severa após carregar um feto calcificado dentro do intestino durante nove anos.
De acordo com o estudo do caso, publicado no início do mês na revista científica BMC Womens Health, ela apresentava sintomas persistentes de dor abdominal, gases e sensação de “borbulhar” depois de comer.
Depois de ter sido maltratada por médicos na Tanzânia ao perder o bebê devido a um aborto espontâneo, ela nunca mais frequentou o sistema de saúde. Este seria o nono filho da mulher.
Ao chegar nos Estados Unidos, exames de imagem confirmaram que se tratava de um caso de litopédio, que é quando o feto se desenvolve no abdômen e não no útero, gerando a calcificação. Essa complicação da gravidez é extremamente rara e pode permanecer assintomática.
Após o diagnóstico, foi indicado que ela passasse por uma cirurgia para retirar o feto e assim desobstruir o intestino. No entanto, por medo do procedimento, ela recusou e acabou morrendo por desnutrição 14 meses após chegar ao país. Isso ocorreu porque a presença do feto impedia a absorção eficiente de nutrientes e comprimia os demais órgãos.