Foi enterrado no fim da tarde deste último domingo (24), em Potirendaba, o corpo da aposentada Dulcinéia Peres Vaeza, de 75 anos, que morreu com suspeita de dengue hemorrágica. A cidade que tem mais de 130 casos de dengue já vive epidemia da doença.
A filha da vítima, Neley Peruchi, conta que a mãe começou a sentir os sintomas da dengue na segunda-feira da semana passada e que durante toda a semana ficou indo e voltando para o hospital. “Minha mãe estava com as plaquetas baixas, quando foi no sábado ela voltou pro hospital muito mal e ficamos aguardando o exame de dengue. Na madrugada de ontem recebo a ligação de que ela morreu”, disse.
Neley acusa a instituição de negligência no atendimento da mãe e reclama da demora. “No sábado na hora que ligamos para a ambulância vir buscar ela demoraram mais de meia hora e ela passando mal. Se eles viram que a minha mãe não estava boa e que não era de competência deles que encaminhassem para Rio Preto”, afirma.
De acordo com a filha, o laudo emitido pelo médico aponta morte por dengue hemorrágica. O corpo de Dulcinéia foi velado e enterrado no cemitério de Potirendaba.
Em nota, a Diretoria Clínica do Hospital de Potirendaba disse que o caso será investigado com todos os exames necessários para a confirmação da causa do óbito. O laudo com as causas da morte do Instituto Adolfo Lutz deve sair em até 30 dias.
Maior surto:
Esse é o maior surto de dengue da história da região nos últimos cinco anos, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. Essa é a segunda morte por dengue na região do jornal, a primeira foi registrada em Tabapuã. As 12 cidades de circulação da Gazeta já enfrentam epidemia da doença.
Na última semana nossa reportagem mostrou que Potirendaba é um dos poucos municípios da região que está trabalhando intensivamente no combate ao mosquito da dengue. Um repelente caseiro feito por voluntários do Fundo Social de Solidariedade é um dos aliados.
Na primeira etapa serão distribuídos, gratuitamente, 2,5 mil unidades para todos os alunos da rede municipal de ensino e no decorrer para as instituições como Apae, Terceira Idade e Lar São Vicente de Paulo.
Além do repelente a prefeitura também realiza arrastões, nebulização, retirada, remoção e inviabilização de criadouros, limpeza de áreas públicas, orientação sobre armazenamento correto de água, vedação de caixas d’água, mobilização social e entre outros.
“A prefeitura trabalha, agora falta a população tomar consciência e radicalizar a faxina nos quintais de casa”, finaliza Neley Peruchi.
(Foto: Arquivo pessoal)
Gazeta do Interior