A enfermeira Liliane Carneiro dos Santos, 28 anos, foi condenada a 2 anos de reclusão e multa por crime de denunciação caluniosa pela Justiça de Rio Preto. Ela respondeu a processo na 3ª Vara Criminal porque fez denúncias de estupro, cárcere privado, lesão corporal e sequestro contra o ex-marido, D.A.R., 40, mas, durante a investigação policial, ficou provado que as acusações eram falsas.
O julgamento da enfermeira foi anteontem e o promotor criminal José Heitor dos Santos, que se manifestou no final do processo, pediu a condenação da mulher. A pena foi suspensa e Liliane terá de cumprir algumas condições imposta pela Justiça. “Me convenci de que todas as acusações eram falsas. A ré tinha muitos ciúmes e verdadeira obsessão pela vítima”, afirma o promotor.
O casal estava se reconciliando na data em que ela acusou o ex-companheiro de cometer as agressões. No entanto, segundo o promotor, ficou provado nos autos que a mulher teria ficado inconformada no momento em que D. recebeu a ligação de uma outra mulher, e, descontrolada, forjou as agressões. Ela foi enquadrada no artigo 339 do Código Penal, que prevê pena dois a oito anos de prisão e multa para quem der causa a instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém que sabe que é inocente.
O o advogado que consta no site do Tribunal de Justiça como seu defensor, Claudinei Aparecido da Silva, foi procurado para falar mas em seu escritório a secretária disse que ele não dá entrevista. Liliane também não foi localizada para falar sobre o assunto. Segundo o promotor, na época das denúncias a vítima chegou a ser presa. O caso foi investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
