quinta, 14 de novembro de 2024
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Mulher faz redução de estômago e morre

Complicações decorrentes de uma cirurgia bariátrica tiraram a vida da professora Eliana Possamai, 39 anos. Ela morreu na manhã de anteontem de infecção generalizada, no Hospital Padre Albino, em Catanduva,…

Complicações decorrentes de uma cirurgia bariátrica tiraram a vida da professora Eliana Possamai, 39 anos.

Ela morreu na manhã de anteontem de infecção generalizada, no Hospital Padre Albino, em Catanduva, onze dias após passar pelo procedimento no mesmo hospital. Eliana ainda foi submetida a outros dois procedimentos cirúrgicos – um na última quinta-feira para desentupimento de um dreno, e outra no sábado para conter uma infecção -, mas não resistiu às complicações pós-cirúrgicas.

Essa é a segunda morte depois de cirurgia bariátrica na região em menos de um ano. Em maio do ano passado, a cozinheira Cleuma Regina de Siqueira, 42 anos, morreu 15 dias depois de ser operada no Hospital Ielar, em Rio Preto.

Ela teve infecção generalizada e passou por outras duas operações na tentativa dos médicos conterem a infecção. Eliana também passou por outras duas cirurgias, na última sexta e terça-feira, na tentativa da equipe médica de conter a infecção, mas não foi suficiente. Ela teve embolia pulmonar e infecção generalizada e não resistiu.

A paciente passou pela cirurgia de redução de estômago no último dia 16, no Hospital Padre Albino. O nome do médico responsável não foi fornecido pela instituição, que informou apenas que “todos os atendimentos necessários foram prestados”. De acordo com o pai da professora, Maurício Possamai, 65 anos, ela estava contente porque finalmente havia conseguido o apoio da família para fazer a redução de estômago.

Mesmo pesando 130 quilos e com 1,72 metro de altura, o que corresponde a um Índice de Massa Corporal (IMC) de 53 (indicado para a cirurgia), a professora demorou para convencer os familiares. “Sempre achei um procedimento muito perigoso e não queria que ela fizesse. Mas, depois de muita insistência, resolvi apoiá-la para vê-la mais feliz”, disse o pai.

Uma semana após ser operada, na última quarta-feira, Eliana, que morava em Tabapuã, sentiu fortes dores nas costas e estava com febre, por isso voltou a Catanduva. O diagnóstico, segundo a família, foi que o dreno colocado durante a cirurgia havia entupido e, no dia posterior, ela passou por outra operação para desentupi-lo e implantar outros dois.

Dois dias depois, as dores ficaram mais fortes. Eliana foi entubada e teve de passar por outra cirurgia de emergência no Padre Albino. “Mesmo depois da segunda operação ela reclamava de muitas dores e estava sendo medicada até com morfina”, afirmou o pai. O quadro de infecção se agravou e a paciente morreu por volta de 8 horas de domingo. Eliana deixou os filhos Eduardo, 3 anos, Gustavo, 16 anos, e Bárbara, 18 anos, além do marido Claudemir Andreotti Parra.

Indicação

A cirurgia bariátrica é indicada para quem tem o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 35 e 40, acompanhado de doenças graves como hipertensão e diabetes, ou quem tem o IMC acima de 40. O cálculo é feito dividindo o peso pelo valor de duas vezes a altura. Só no Hospital de Base, 1,1 mil pessoas aguardam para fazer o procedimento pelo SUS.

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