Uma mulher mantida em cárcere privado pelo namorado desde o dia 1º de outubro foi resgata pela Polícia Militar após ligar no 190 pedindo uma pizza. O caso foi registrado na tarde desta quarta-feira (11/10), no Parque Industrial, em São José do Rio Preto, no interior de SP.
Segundo o tenente da PM Márcio Rossi Petrucci, a vítima, que havia sido dopada, estuprada e filmada pelo agressor, era mantida no quarto da casa do homem sob ameaças, e não podia falar ao telefone com ninguém. Mas em um momento de distração do suspeito, ela ligou no 190 e pediu socorro simulando a compra de uma pizza.
“Ela ligou no 190 da Polícia Militar e disse: ‘Eu queria pedir uma pizza’. O policial que atendeu a ligação respondeu que o número que ela estava ligando não era da pizzaria e sim da Polícia Militar, e ela respondeu ‘sim, eu sei, mas eu quero uma pizza’. Foi quando o policial já entendeu que ela precisava de ajuda e passou o endereço dela para a equipe”, conta o tenente.
Ainda de acordo com a PM, ao chegar na casa do suspeito, a corporação encontrou a porta da residência aberta e entrou no local chamando pelo nome do agressor.
“Ele estava no quarto e quando entramos no quarto a vítima entrou em desespero, começou a chorar muito e a pegar os pertences dela. O homem disse que não entendia o motivo de estarmos ali”.
O criminoso, de acordo com a polícia, havia conhecido a mulher há 20 dias, no Centro da cidade.
“Ele a pediu em namoro e ela foi morar na casa dele. Mas em poucos dias as agressões começaram. Segundo a vítima, ele a dopou, a estuprou e filmou a violência sexual, depois compartilhou o vídeo em uma rede social. O homem também a teria agredido com socos no rosto e tapas; ela tem um ferimento na boca”, conta.
Ao pegarem os dados do suspeito, os PMs constataram que ele era procurado pela Justiça por ter entrado em luta corporal com um policial militar durante uma abordagem.
Ele foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), e vai responder pelos crimes de violência contra a mulher; estupro de vulnerável; cárcere privado, ameaça e fotografar, produzir ou compartilhar conteúdo de cena de nudez ou ato sexual libidinoso de caráter íntimo ou privado sem autorização dos participantes.
O agressor foi encaminhado para a carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC). A DDM vai investigar o caso.