quinta, 14 de novembro de 2024
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Mulher encontrada morta teria ido vender droga para traficante

A Polícia Civil de Bady Bassitt esclareceu parte do caso de uma mulher encontrada morta em um canavial da cidade no dia 1º de março deste ano. Marlene Ana Alves,…

A Polícia Civil de Bady Bassitt esclareceu parte do caso de uma mulher encontrada morta em um canavial da cidade no dia 1º de março deste ano.

Marlene Ana Alves, de 52 anos, de São José do Rio Preto teria saído na noite terça-feira de carnaval de carro para vender drogas quando foi assassinada.

A conclusão é do delegado da cidade, Ericson Sales Abufares, que após meses de investigação, conseguiu esclarecer parte do mistério que ronda o caso. De acordo com ele, tudo começou a ser esclarecido quando pediu a prisão do namorado de Marlene que até então era o único suspeito de ter cometido o crime.

Após o crime, o homem fugiu para um município do estado do Mato Grosso, a 1,1 mil quilômetros de Rio Preto, onde os policiais de Bady Bassitt encontraram ele e trouxeram para a cidade. Durante todo o tempo, o suspeito dizia que não teve qualquer participação no assassinato de Marlene e que quando ela foi encontrada morta, ele já não morava mais em Rio Preto.

O celular dele foi apreendido e começou a ser periciado. Áudios de WhatsApp que já tinham sido apagadas por ele e que eram trocados entre o casal, revelaram que os dois buscavam drogas no Paraguai e vendiam em Rio Preto.

Em um dos áudios dele com um amigo, o suspeito afirma que não tinha participação no assassinato de Marlene e que não sabia o que poderia ter acontecido. Depois ser novamente interrogado pelo delegado e questionado sobre as conversas com a namorada, o homem acabou confessando que era Marlene quem o levava até o Paraguai para comprar a droga.

“Ele acabou contando que ela queria de volta um dinheiro que estava com ele e como ele não tinha esse dinheiro, confiscou uma droga que estava com ele e decidiu ir então em Bady Bassitt vender. Agora o que a gente acredita é que quando os traficantes viram uma senhora da idade dela decidiram matá-la e ficar com a droga”, afirma o delegado.

O homem que estava com a prisão de apenas 30 dias decretada, foi solto por não ficar comprovado nenhum envolvimento dele no assassinato. Na época o caso foi registrado como homicídio, mas como o carro e os objetos pessoais da vítima foram levados no dia do crime, a polícia começou a investigar o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

“Agora vamos encaminhar o inquérito para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto para que os investigadores possam esclarecer agora quem matou ela”, diz o delegado.

O crime:

Marlene morava sozinha em um condomínio de casas, em um bairro de São José do Rio Preto, ela teria saído com o carro dela, um Polo branco, por volta das 19h no feriado do dia 28 de fevereiro e então desaparecido. Os filhos tentaram ligar para para a mãe, mas não conseguiram contato.

Na tarde do dia 1º de março, um ciclista que passava às margens de um canavial, na zona rural de Bady Bassitt, próximo ao bairro Vertentes do Sul, encontrou o corpo que estava sem nenhum documento. Marlene tinha uma perfuração na testa provocada por um tiro e encaminhou o corpo da vítima ao Instituto Médico Legal (IML) de Rio Preto.

Através da reportagem publicada pela Gazeta com a foto divulgada a pedido da polícia para reconhecimento é que os filhos puderam identificar a mãe. O carro e objetos pessoais como celular, carteira e bolsa foram levados pelos criminosos. Dois dias depois o veículo foi encontrado abandonado em uma rua da zona norte de Rio Preto.

Na época a Perícia Técnica fez o reconhecimento das digitais de Marlene que confirmaram ser as da vítima. Os filhos também reconheceram os brincos, as roupas e as meias que a mulher usava no dia em que foi assassinada.

Nossa reportagem não conseguiu contato com os filhos de Marlene para comentar o caso.

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