Uma mulher foi presa, na tarde deste sábado (21), suspeita de injúria racial e furto, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Luciana Alves Marcolino foi flagrada xingando o segurança de uma loja, localizada no Centro da cidade. Ele abordou a mulher por ela ter sido flagrada furtando um carregador de telefone celular no interior do estabelecimento.
A partir daí veio o primeiro xingamento com o segurança:
“Toda vez que eu sou constrangida, é macaco, macaco. Filma! É macaco. Vai voltar para senzala porque fecha com os brancos”, gritou Luciana.
As ofensas vieram depois de um furto na loja. Os seguranças foram avisados por uma testemunha e começaram a buscar imagens do serviço interno de câmeras.
“Um cliente avisou que ela estava colocando um produto na bolsa. A gente foi até as câmeras e constatamos 100%. Baseado nisso, a gente veio conversar com ela aqui fora. A mulher se evadiu aqui do local, continuou andando e a gente continuou acompanhando”, disse o segurança Wanderson Rodrigues.
Ao ser abordada pelo chefe da segurança da loja, a mulher iniciou as ofendas racistas:
“É ofensivo, tentou diminuir, mas essas coisas não deixo me afetar. Claro que a gente fica com o psicológico, mas a gente é preparado para isso. A gente tenta não deixar isso afetar o nosso dia a dia ou a nossa alma. Mas assim, é triste, é uma situação complicada, é difícil você aceitar uma coisa dessa”, disse Wanderson.
O rapaz que filmou todas essas cenas também foi alvo de homofobia por parte da mulher.
” Viado! Agora você é viado, né?! Você é o quê? Mulher, mulher, mulher”, disse Luciana.
Luciana Alves Marcolino foi presa em flagrante por policiais do Niterói Presente. Ela vai responder pelos crimes de furto, injúria racial e desacato por também ter ofendido os PMs no momento da prisão.
Na delegacia, ao ser informada de que ficaria presa, Luciana também ofendeu os policiais com frases homofóbicas várias vezes.
Luciana Alves já havia sido presa por outro caso de furto e condenada por desacato.
Depois de ser autuada na delegacia, ela vai ser levada para um presídio
“Manter a calma, informar, não deixar passar, essas coisas assim não podem acontecer. O século que a gente está não tem como deixar um crime racial passar em branco. Impossível. Independente de quem seja”, disse o segurança Wanderson.