Uma moradora de Ipiguá está sendo investigada pela Polícia Civil sob suspeita de forjar o próprio sequestro para extorquir R$ 10 mil do marido. Segundo a Polícia Militar, a motivação seria o pagamento de dívidas com agiotas.
O caso teve início quando o marido da suposta vítima relatou ter recebido mensagens e ligações ameaçadoras, nas quais os “sequestradores” exigiam o pagamento de R$ 10 mil para libertar a mulher. Ele também recebeu vídeos e fotos que mostravam a esposa sob ameaças, aparentemente em uma situação de perigo. Em fotos e vídeos, a mulher aparecia com uma arma apontada pra cabeça, amordaçada e com o pescoço amarrado. A mulher, que trabalha como motorista de aplicativo, havia saído para fazer uma entrega em São José do Rio Preto.
Os policiais rastrearam o último local indicado pelas mensagens e encontraram a mulher no bairro João Paulo II, em Rio Preto, acompanhada de um homem. No local, foi apreendido um simulacro de pistola, usado na encenação. Durante o interrogatório, ambos confessaram que tudo não passava de uma simulação para obter o dinheiro.
Os dois foram encaminhados ao plantão policial, onde o caso foi registrado como estelionato e usura pecuniária. Esse último crime, conforme o Código Penal, envolve a cobrança de juros ou taxas superiores aos limites legais ou a exploração abusiva de alguém em situação de necessidade.
Após prestarem depoimento, ambos permanecem à disposição da Justiça. O caso segue em investigação para apurar todos os detalhes do esquema.