Uma mulher de 31 anos foi acusada de incêndio criminoso depois que as chamas destruíram parte de um hotel de quarentena da Covid-19 em Cairns (Queensland, Austrália).
De acordo com a imprensa local, a mulher ateou fogo embaixo da uma das camas da suíte que ela dividia com dois filhos, na manhã de domingo (28/11), no último andar, possivelmente com a intenção de deixar o hotel. A mulher indiciada não teve a identidade revelada.
Mais de 160 pessoas foram retiradas às pressas do Pacific Hotel, de 11 andares. Ninguém ficou ferido. Os hóspedes, todos em quarentena, foram deixados em um gramado em frente ao hotel, até que fossem realocados. Alguns foram levados a Gold Coast, já que não havia vagas suficientes no outro hotel de Cairns reservado à quarentena.
A hóspede Simmone Eletr, que está de quarentena após regressar de Newcastle (Nova Gales do Sul), onde esteve com o sogro, em estágio terminal devido a um câncer, disse que a situação é “devastadora”, de acordo com a ABC.
“Tenho três filhos pequenos, eles estão com os meus pais. É ridículo”, reclamou ela, alojada num salão do hotel à espera da transferência.
A Austrália confirmou dois casos da nova variante do coronavírus, ômicron, que está gerando novas restrições no país da Oceania, um dos que mais êxito obtiveram no controle da pandemia.
Ômicron foi relatada pela primeira vez pela África do Sul e foi classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com evidências iniciais sugerindo um maior risco de reinfecção.
O governo australiano anunciou a suspensão dos voos originários de África do Sul, Namíbia, Zimbábue, Botsuana, Lesoto, Eswatini, Seychelles, Malauí e Moçambique. Os não australianos que estiveram nesses países nas últimas duas semanas estão agora proibidos de entrar na Austrália. Quem tem passaporte australiano e esteve nessas regiões precisa passar por quarentena. Viajantes não vacinados também precisam fazer quarentena de 14 dias em hotéis, mesmo em viagem doméstica.