Um caso inusitado foi registrado pela Polícia Militar na tarde de quarta-feira.
A aposentada Maria Nazareth Sodaites, 77 anos, foi enganada e furtada por uma mulher de cor negra que se apresentou como policial.
Segundo o boletim de ocorrência, uma mulher desconhecida compareceu à residência da aposentada na Rua 12 de Outubro, no Higienópolis, e afirmou que era policial do 1º Distrito de Catanduva. Ela alegou que precisava de algumas informações sobre casos de furtos ocorridos anteriormente no local.
A vítima, sem pedir identificação, autorizou a entrada da desconhecida no interior do imóvel e, durante alguns minutos, conversaram na cozinha.
Com a saída da suposta policial, a aposentada percebeu que o seu quarto estava revirado e notou que R$ 1 mil haviam sido furtados do interior do guarda-roupa.
A polícia acredita que, durante a conversa da vítima e da suspeita, uma terceira pessoa, comparsa da mulher desconhecida, entrou na casa e praticou o furto.
A viatura realizou diligências pelas imediações, mas a mulher não foi localizada.
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) orienta a população em casos nos quais os moradores são abordados por pessoas que afirmam pertencer a instituições ou empresas.
De acordo com o delegado Luís Roberto Rissi, quando as pessoas forem abordadas em suas casas por alguém estranho que diz ser da Companhia de Energia Elétrica (CNEE), Correios, Departamento de Água e Esgoto (DAE), Polícia e outros, devem, antes de qualquer coisa, pedir a identificação.
“Nesse caso, por exemplo, todos os policiais são obrigados a portar a carteira funcional, distintivo e normalmente estão de viaturas, o que torna fácil verificar se a pessoa que se apresenta diz a verdade ou não. Trata-se de um caso inusitado. Em outras ocasiões, acompanhamos as pessoas que se apresentavam como funcionários de algumas instituições, mas apresentar-se como policial é a primeira vez”, explicou Rissi.
A população deve ficar alerta também a pessoas que aparecem em suas residências e pedem doações em dinheiro para instituições.
“É fundamental que os moradores atendam as pessoas na porta de casa e não no interior do imóvel”, finalizou.