segunda, 18 de novembro de 2024
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MST pressiona governo com gigantesco assentamento

O gigantesco acampamento que se formou desde o dia 7 de novembro às margens da Rodovia Gerson Dourado ( dos Barrageiros ), perto do trevo de acesso ao Parque de…

O gigantesco acampamento que se formou desde o dia 7 de novembro às margens da Rodovia Gerson Dourado ( dos Barrageiros ), perto do trevo de acesso ao Parque de Exposições de Ilha Solteira, é mais uma manifestação organizada pelo MST- Movimento dos Sem Terra, através de sua regional de Andradina e com apoio de centenas de famílias para fazer pressão pela continuidade do processo de desapropriações na região Alta Noroeste. O Movimento espera reunir cerca de mil famílias naquele local, enquanto pelo menos 500 concluíram ou iniciaram a construção de barracos.

Segundo as lideranças que preferiram não serem identificadas, o Incra localizou 11 áreas sujeitas a desapropriações porque não atingiram os índices de produtividade exigidos por lei. As fazendas ainda não foram identificadas, mas segundo um líder do MST, em Ilha Solteira não existe área definida como improdutiva, mas na região de Jales várias propriedades estão na lista. “Para nós não importa a cidade, o que queremos é um lote para produzir”, disse um deles.

O perfil dos acampados é de desempregos, ou profissionais de diversas áreas como mecânicos, cortadores de cana ou filhos de assentados em outros projetos da região. Uma grande parte é de Ilha Solteira, mas existem também famílias de Selvíria e Três Lagoas no Mato Grosso do Sul, e ainda Castilho, Três Fonteiras e outras cidades do Noroeste do Estado. Segundo informações dos próprios acampados, entre eles existem muitos que venderam casas ou estão dispostos a tomar atitudes como essa para investir na futura propriedade, somando-se aos recursos oferecidos pelo governo através do Pronaf.

Um funcionário da Prefeitura de Ilha Solteira esteve no local e concluiu que parte da área ocupada pelos barracos, pertence àquele poder público. Os acampados foram informados de que poderiam responder por uma ação de reintegração de posse, mas a assessoria de gabinete do prefeito Bento Sgarboza não confirmou nenhuma decisão nesse sentido. Os manifestantes esperam conseguir ajuda da Prefeitura, como água potável.

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