O Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) abriu uma investigação para apurar denúncias de assédio sexual dentro da Record. A decisão foi motivada por dois casos que ganharam repercussão na mídia recentemente. Uma das situações envolve Rhiza Castro, apresentadora da Record News, e a outra, Elian Matte, ex-editor de programas da emissora.
Rhiza alega que sofreu assédio sexual do ex-diretor de jornalismo da Record News, Thiago Feitosa. Segundo Rhiza, ele a presenteava com vinho e enviava mensagens com elogios inadequados. Após denunciar o caso ao diretor de Recursos Humanos, Márcio Santos, Rhiza foi demitida. A apresentadora entrou com ações na Justiça trabalhista e criminal contra a emissora e o ex-diretor. Feitosa fez um acordo de transação penal, pagando uma multa para evitar processo criminal, e a Record o demitiu em novembro de 2023.
O segundo caso investigado pelo MPT-SP é o de Elian Matte, que alega ter sido assediado por Márcio Santos, diretor de Recursos Humanos da Record. Elian afirma que Santos fazia convites para reuniões pessoais, enviava mensagens de cunho sexual e até o monitorava pelo sistema interno de câmeras da emissora. Após várias tentativas de denúncia sem sucesso, Elian registrou um boletim de ocorrência. Ele foi demitido da Record enquanto estava afastado pelo INSS, o que ele afirma ser ilegal. Márcio Santos também foi desligado da Record, mas ainda mantém contato com a empresa.
A investigação do MPT-SP vai examinar se a Record tentou encobrir as denúncias de assédio sexual e moral, além de verificar a existência de um possível esquema para proteger funcionários envolvidos em atos ilícitos. A Record ainda não se pronunciou oficialmente sobre a abertura da investigação pelo MPT-SP. O órgão começou a analisar as denúncias para entender a extensão dos casos e se outras situações semelhantes ocorreram dentro da emissora.