segunda, 27 de janeiro de 2025
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MP rejeita soltura de Flordelis para enterro da filha: “Altíssima periculosidade”

O Ministério Público do Rio de Janeiro se manifestou, na última sexta-feira (24), contra a possibilidade de a ex-deputada federal Flordelis comparecer ao enterro da filha adotiva, Gabriella dos Santos…

O Ministério Público do Rio de Janeiro se manifestou, na última sexta-feira (24), contra a possibilidade de a ex-deputada federal Flordelis comparecer ao enterro da filha adotiva, Gabriella dos Santos de Souza. A jovem, de 25 anos, foi encontrada morta na rua na madrugada do dia 22 de janeiro, em um caso sob suspeita de feminicídio.

No parecer, a promotora de Justiça Camilla Sahione Scisinio Dias descreveu Flordelis como “condenada de altíssima periculosidade” e considerou “inviável a concessão” de autorização para sua ida ao sepultamento, alegando que isso representaria um “risco à ordem pública.” Flordelis cumpre pena de 50 anos de prisão pelo assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo.

O documento também destaca as dificuldades logísticas e de segurança para transportar a detenta. “Cumpre destacar a dificuldade de garantia da segurança pública no deslocamento da detenta, considerando que se trata de caso grave e de grande repercussão social, não havendo tempo hábil para se operacionalizar de maneira adequada eventual escolta da mesma”, acrescentou a promotora.

Qual a causa da morte da filha de Flordelis? Corpo da jovem foi encontrado na rua
Gabriella dos Santos de Souza, filha adotiva de Flordelis: ela foi encontrada morta no dia 22 de janeiro. Foto: Reprodução

O enterro de Gabriella está marcado para este sábado, às 16h30, no Cemitério do Pacheco, em São Gonçalo. Em nota divulgada na última quarta-feira, a família expressou “profunda tristeza” pela morte da jovem e informou que a defesa de Flordelis havia iniciado “esforços junto às autoridades judiciárias para obter autorização de comparecimento à despedida de sua filha.”

A morte da jovem

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de São Gonçalo, após o registro inicial pela 74ª DP (Alcântara). De acordo com as autoridades, o companheiro de Gabriella teria enviado mensagens de áudio com ameaças contra ela, o que levanta a hipótese de feminicídio.

Apesar disso, o atestado de óbito da jovem registra a causa da morte como parada cardiorrespiratória súbita. O boletim de ocorrência menciona que “as circunstâncias do falecimento ainda necessitam de investigação detalhada.”

O delegado responsável pelo caso, Marcelo Braga Maia, ordenou uma investigação aprofundada para esclarecer os fatos e está ouvindo familiares e possíveis testemunhas.

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