domingo, 24 de novembro de 2024
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MP pede medida protetiva para jornalista alvo de atentado

Investigado como autor de incêndio no prédio do jornal Folha da Região, de Olímpia, um bombeiro civil aposentado deverá ser proibido de se aproximar a menos de 50 metros do…

Investigado como autor de incêndio no prédio do jornal Folha da Região, de Olímpia, um bombeiro civil aposentado deverá ser proibido de se aproximar a menos de 50 metros do jornalista José Antonio Arantes e da família dele, e da sede do jornal e da residência das vítimas. A medida protetiva é a solicitação do Ministério Público de Olímpia, a ser analisada pela Justiça. O pedido incluiu a proibição do investigado de sair de cada durante a noite.

O jornalista José Antonio Arantes, além de editar o jornal semanal, também ancora, junto com sua filha, um programa noticioso de segunda a sexta-feira, pelo Facebook e Youtube e é retransmitido pela rádio Cidade. Ele conta que vinha sofrendo ameaças pela internet e até outras mais graves, pelo seu posicionamento principalmente contra os que ele chama de “negacionistas genocidas”

Na ocasião, a família do jornalista agiu rapidamente e conseguiu apagar o fogo que estava dentro do corredor da residência provocado pelo combustível jogado debaixo da porta de entrada. Logo após, ao abrir a porta da residência, para, inclusive, respirar melhor, Arantes, a esposa e a filha neta se depararam com chamas já altas na porta do jornal que levaram alguns minutos para ser contidos.

A elucidação do caso, chegando ao bombeiro, foi possível porque a polícia ligou os pontos com o auxílio de câmeras na rua do jornal e comparou com a moto e mochila na residência do bombeiro identificado como “Cláudio Baia”, além do horário (4h10, madrugada do dia 17) em que o acusado saiu de casa e o horário do ataque ao jornal (4h17). Ao saber que a polícia esteve na casa, pouco depois do incêndio, apreendendo moto, capacete e mochila, o autor tomou a iniciativa de fugir para Linhares. Dias depois, o advogado dele procurou a polícia, comunicando que o bombeiro iria se entregar e confessar o crime.

A missão seguinte, diz o delegado Marcelo Pupo de Paula, é tentar descobrir se existe um mandante, o que o acusado nega. Ele estaria com síndrome do pânico. O autor do atentado afirmou à polícia que não conhece o jornalista, apenas tinha “divergências” com as notícias. O jornalista José Antonio Arantes defende o isolamento social contra a Covid e discorda do uso de medicamentos sem eficácia no combate à doença.

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