O Ministério Público de São Paulo denunciou Sérgio Correa Brasil, ex-diretor do metrô, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia, assinada pelo promotor Marcelo Mendroni, Sérgio Brasil recebeu propina para fraudar uma licitação das obras da Linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo, em 2010.
A denúncia ocorreu após a delação de dois executivos da construtora Camargo Corrêa, segundo os quais Sérgio Brasil recebeu R$ 2,5 milhões em propina para favorecer um cartel formado por algumas das maiores empreiteiras do país.
Em abril, a Justiça de São Paulo tornou réus, por improbidade administrativa, o atual presidente e cinco ex-presidentes do metrô paulista. Além deles, três pessoas declaradas rés pela Justiça, entre elas, o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos Jurandir Fernandes. A decisão é do juiz Adriano Marcos Laroca.
Em nota, o governo de São Paulo e o Metrô disseram que “são vítimas dos crimes investigados pelo Ministério Público” e que estão colaborando com o processo analisando as cláusulas “da proposta de delação em suas condições jurídicas, financeiras e técnicas, para que sua homologação garanta a proteção do interesse público”. A nota infornou que a Procuradoria-Geral do Estado também investiga o caso e vai solicitar o ressarcimento aos cofres públicos, caso as irregularidades sejam comprovadas.
“O Metrô é o maior interessado na apuração das denúncias de formação de cartel ou de conduta irregular de agentes públicos e, assim, continua à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários”, acrescenta a nota, que diz ainda que Sérgio Brasil não é mais funcionário da companhia desde o fim de 2016.