sábado, 23 de novembro de 2024
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MP altera para lesão corporal processo sobre morte de advogado

O Ministério Público de São José do Rio Preto (SP) alterou a tipificação do crime no processo que investiga a morte do advogado palmeirense agredido no dia da final do…

O Ministério Público de São José do Rio Preto (SP) alterou a tipificação do crime no processo que investiga a morte do advogado palmeirense agredido no dia da final do Mundial de Clubes, em fevereiro.

Na época, o advogado Celso Wanzofoi agredido por Emerson Ricardo Fiamenghi com um soco, ficou desacordado e foi socorrido para o Hospital de Base, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.

Na movimentação do MP, o promotor Evandro Ornelas Leal alegou que não é possível inferir dolo, apesar do laudo indicar que os ferimentos provocaram a morte da vítima por politraumatismo craniano.

A promotoria, então, pediu pela mudança de homicídio doloso para lesão corporal seguida de morte. A alteração da tipificação do crime será analisada Justiça.

O caso
O crime aconteceu na frente do prédio onde Celso e Emerson moravam, no bairro Jardim Pinheiros, no dia 12 de fevereiro, logo após a final do Mundial de Clubes, quando o Palmeiras perdeu para o Chelsea por 2 a 1. Celso era palmeirense e ex-conselheiro do condomínio, e Emerson corintiano e síndico.

De acordo com a Polícia Civil, eles discutiram e o advogado foi agredido com um soco, ficou desacordado e chegou a ser socorrido, mas morreu.

Uma foto feita logo após o crime mostra Celso, aparentemente desacordado, em um gramado na frente do prédio e Emerson ao lado.

A Polícia Militar foi acionada e levou Emerson para a Central de Flagrantes de Rio Preto. O caso foi registrado como lesão corporal de natureza grave, já que a vítima ainda estava viva quando o boletim de ocorrência foi feito.

Emerson pagou fiança de R$ 5 mil e foi liberado. Contudo, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e se entregou no dia 13 de fevereiro.

Em seguida, o advogado Humberto Barrionuevo Fabretti entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Ele alegou, entre outras coisas, que Emerson não teve a intensão de matar, e que não havia necessidade da prisão.

O desembargador Alcides Malossi Junior analisou o pedido feito pela defesa, revogou a prisão preventiva e determinou a expedição de alvará de soltura.

À polícia, o torcedor corintiano e síndico disse que agiu em legítima defesa, pois os dois já tinham uma inimizade.

A defesa da família de Celso Wanzo afirmou que o soco foi fatal e retirou qualquer possibilidade de defesa da vítima. Disse também que Emerson agiu de surpresa e por motivo fútil.

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