Supermercados e padarias já se preparam para uma quantidade de clientes acima do normal nesta sexta-feira, dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo.
Pelo menos é o que vem acontecendo nos dias em que o time do técnico Tite entra em campo na Rússia. Com jogos matinais e no início da tarde, o torcedor brasileiro estabeleceu um padrão de comportamento que vem garantindo a esses setores do varejo um crescimento significativo no movimento em comparação a dias “normais”.
Foi assim na última segunda-feira, quando o Brasil derrotou o México pelas oitavas de final e supermercados fecharam o dia com 8,5% a mais de movimento. Em função do horário do jogo, 11 horas, as vendas em padarias cresceram 20%. É o que aponta o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), calculado a partir de mais de 1 milhão de pontos de venda ativos e credenciados à operadora de cartões.
Em São Paulo, a Associação Paulista de Supermercados (Apas) identificou que a venda de determinados itens chegou a aumentar 50% nos dias de jogo. Caso da cerveja, por exemplo. Nos jogos disputados à tarde, além da bebida, alimentos como carne para churrasco, salame, amendoim e pipoca chegam a vender 25% mais do que em um dia sem jogo. Os supermercados também registraram aumento na vende de pães, frios e laticínios dos dias de jogos pela manhã.
“A Copa tem sido um grande impulsionador para o aumento no consumo e, consequentemente, o crescimento das vendas”, analisou o economista Thiago Berka, da Apas. “O curioso é que as vendas pós-jogo se mantêm abaixo da média de um dia comum, demonstrando que os consumidores tendem a estocar produtos para não precisarem mais sair de casa”.
Os dias de jogos, porém, não favorecem todos os setores do varejo. Que o digam farmácias e lojas de roupas, por exemplo, que tiveram queda de 15,5% e 31,1%, respectivamente, nos dias de Brasil na Copa do Mundo. Algumas lojas desses setores chegaram a registrar faturamento zero no decorrer das partidas.