Em outro caso, trabalhador recebe descarga elétrica, cai, bate a cabeça e vai para a UTI.
O motorista Donizeti de Abreu, 45 anos, morreu eletrocutado na madrugada da ontem no quintal de sua casa, no Jardim Nunes, em Preto. A vítima foi encontrada pendurada no varal.
Este foi um dos casos de descargas elétricas que atingiram rio-pretenses em menos de 14 horas.
Segundo Rosângela Neves de Souza, 30, mulher de Abreu, o marido chegou em casa molhado da chuva e, ao estender a roupa no varal, recebeu a descarga elétrica.
Rosângela levou um choque ao tentar tirar o marido do varal. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas o motorista já estava morto.
A Polícia Científica afirma que a descarga foi muito forte porque chegou a queimar as costelas de Abreu.
A polícia suspeita que a descarga partiu de uma cerca elétrica instalada em outra casa que fica nos fundos da residência da vítima.
Mas as causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Científica. O laudo deve ficar pronto nos próximos 15 dias.
Instalação
O outro caso foi no viaduto Jordão Reis.
O eletricista Aparecido Marcato, 55, fazia uma instalação quando recebeu a descarga. O trabalhador caiu e bateu a cabeça. Com isso perdeu a consciência.
Ele está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensivo) no Hospital de Base.
Cerca falsa pode ser a causa
Uma falsa cerca instalada no muro da casa do motorista poder ter causado o incidente. De acordo com o técnico em telecomunicações Marcelo Henique Borges, na casa da vítima foi feita uma cerca com arame que estava ligada em energia convencional.
Ele diz que uma cerca elétrica autorizada provoca um choque que é transformado em energia pulsante com corrente baixa. Isso impede uma descarga elétrica.
A mulher de Abreu afirma que a cerca de arame servia apenas para enganar os bandidos e não funcionava.
A cerca elétrica deve ser instalada a 2,10 metros de altura do chão e por uma equipe especializada.
