![](https://regiaonoroeste.com/wp-content/uploads/2025/02/WhatsApp-Image-2025-01-31-at-11.22.44.jpeg)
Uma motorista que atropelou uma menina de três anos em São José do Rio Preto (SP) em julho do ano passado fará um acordo com o Ministério Público para pagar um salário mínimo de indenização. O acidente, ocorrido no bairro João Paulo II, resultou em diversas cirurgias para a criança, que teve a perna quebrada e o crânio amassado.
![](https://regiaonoroeste.com/wp-content/uploads/2025/02/WhatsApp-Image-2025-01-31-at-11.22.44.jpeg)
![](https://regiaonoroeste.com/wp-content/uploads/2024/09/WhatsApp-Image-2024-09-06-at-17.47.57.jpeg)
O acordo de não persecução penal foi proposto pelo promotor Evandro Ornelas Leal e prevê que a motorista, que confessou o crime, pague R$ 1,5 mil divididos em cinco parcelas. Após o pagamento da última parcela, previsto para junho, o caso será arquivado. Se homologado pela Justiça, o valor será destinado ao Fundo Municipal de Direito das Crianças e Adolescentes de Rio Preto.
O promotor explicou que o valor da indenização foi definido considerando que o crime foi culposo e houve desatenção dos responsáveis pela criança, que saiu da calçada e foi para a rua de surpresa. Além disso, a motorista não tem renda própria e é mãe de duas crianças especiais. O acordo se refere apenas ao crime, e a motorista não está isenta de uma eventual ação de indenização no âmbito civil, que poderá ser movida pelos pais da criança.
![](https://regiaonoroeste.com/wp-content/uploads/2024/09/dr-pinato.jpg)
A motorista foi indiciada pela Polícia Civil por lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e fuga do local do acidente.
O advogado de defesa da motorista, Lucas Hernandes Lopes, informou que ela não dirigia em alta velocidade no momento do acidente e que a criança apareceu repentinamente entre os carros estacionados. Ele também afirmou que a motorista e o marido ofereceram ajuda à família da criança, mas foram ameaçados e tiveram o carro depredado. O advogado disse que a motorista não pretende recorrer caso a Justiça homologue o acordo.
A mãe da criança, Beatriz Alves Carvalho, relatou que precisou parar de trabalhar para cuidar da filha e se mostrou indignada com o acordo proposto pelo Ministério Público. Ela expressou a sensação de que a vida da filha não tem valor e que o sofrimento da família não foi considerado.
No dia do acidente, a menina brincava na calçada em frente à casa da tia e da avó quando foi atropelada e arrastada por cerca de seis metros. A motorista fugiu do local, mas foi localizada pela polícia dois dias depois. A criança foi levada para hospitais e passou por diversas cirurgias e tratamento de reabilitação.
![](https://regiaonoroeste.com/wp-content/uploads/2025/02/WhatsApp-Image-2025-01-31-at-11.22.44.jpeg)