As mortes em assaltos (latrocínios) no Estado igualaram em setembro o recorde mensal de casos deste ano (35), mesmo número de março e maio, e mantiveram a tendência de alta já observada em meses anteriores.
Se comparados os primeiros nove meses do ano, o aumento foi de 14,78% no Estado e de 18,31% na capital em relação ao mesmo período de 2011.
É o que apontam as estatísticas divulgadas ontem à tarde pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Já na comparação do mês passado com setembro de 2011, os casos de morte em assalto subiram de 20 para 35 (75%) no Estado e de quatro para 13 na capital.
No acumulado de janeiro a setembro (273 dias), o Estado contabilizou 264 latrocínios, o que dá uma média de quase um assalto com morte a cada 24 horas.
Para a cúpula da Segurança Pública, o aumento se deve à participação “cada vez maior” de menores e criminosos de até 25 anos em assaltos que resultam em mortes
O delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, disse ontem que o aumento nas mortes em assaltos se deve “à participação cada vez maior de adolescentes e adultos com menos de 25 anos nesses crimes”.
“É o perfil de criminoso que não se sente amedrontado em ir para a cadeia. Ele já passou pela Fundação Casa [antiga Febem] e acha que sempre vai ficar impune”, disse Lima.
O delegado se diz contra a redução da maioridade penal, mas defende que o adolescente cumpra a metade da pena prevista para o infrator adulto.
“Eu defendo que esse menor fique na Fundação Casa até completar 18 anos e depois cumpra o restante em um presídio comum.
Para Lima, os aumentos recordes dos assassinatos se devem à onda de assassinatos de PMs de folga e a disputas entre criminosos, que se aproveitam da onda de crimes
para matar rivais e tentar atribuir seus crimes a supostas vinganças cometidas por policiais.