O número de mortes de crianças menores de cinco anos atingiu um mínimo histórico global em 2022, de acordo com estimativas das Nações Unidas, alcançando a marca de 4,9 milhões de óbitos.
Essa queda é um indicativo positivo do progresso na saúde infantil, mas, mesmo assim, a cada seis segundos uma criança ainda perde a vida em todo o mundo. Este dado alarmante ressalta a importância contínua de esforços para melhorar as condições de saúde e vida das crianças em todo o mundo.
Avanço na saúde
O relatório divulgado pelo Grupo Inter-agência da ONU para a Estimação da Mortalidade Infantil destaca que a taxa global de mortalidade infantil diminuiu em 51% desde 2000, refletindo os avanços nas práticas de saúde pública e acesso a cuidados médicos.
No Brasil, essa redução é ainda mais expressiva, atingindo 60%. Vale ressaltar que há 24 anos, o país registrava uma taxa de 35 mortes por mil crianças, enquanto em 2022 esse número caiu para 14 por mil.
Melhora do quadro em outros países
Além do território brasileiro, vários países de renda baixa e média também experimentaram quedas significativas nas taxas de mortalidade infantil. Países como Camboja, Malaui, Mongólia e Ruanda alcançaram reduções superiores a 75% nas taxas de mortalidade infantil desde 2000, demonstrando que investimentos em saúde primária podem salvar vidas.
Apesar desses avanços, o relatório ressalta que ainda há desafios significativos a serem enfrentados. Muitas das mortes de crianças menores de cinco anos são evitáveis, causadas por complicações durante o parto, doenças tratáveis e condições de vida precárias.
“Embora tenha havido um progresso, todos os anos milhões de famílias ainda sofrem o desgosto devastador de perder um filho, geralmente nos primeiros dias após o nascimento”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.