A mortalidade infantil em Votuporanga teve uma redução considerável nos últimos oito anos.
Dados do Ministério da Saúde mostram que entre 2008 e 2015 houve uma queda de 76,5% no número de óbitos de crianças com até um ano, em relação ao número de nascidos vivos.
A taxa caiu de 23,33% para 5,46% no ano passado. E os números do primeiro semestre de 2016 são ainda melhores. O município registra índice de 4%, que é comparável ao de países europeus e asiáticos, cuja média é de 3,6%.
Em 2008, foram 21 óbitos e 900 nascidos vivos, enquanto em 2015, foram seis óbitos para 1.098 nascidos vivos. Em 2016, o município contabilizou apenas dois óbitos. No Brasil, a média é de 16 para cada mil nascidos vivos.
A taxa de mortalidade infantil demonstra o número de crianças de um determinado local que morre antes de completar um ano de vida a cada mil nascidas vivas. Esse dado é um indicador da qualidade dos serviços de saúde, saneamento básico e educação. A redução da mortalidade infantil é uma das oito metas de Desenvolvimento do Milênio estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo a enfermeira responsável pela investigação dos óbitos infantis da Secretaria Municipal de Saúde, Nayara Nasso Dutra, essa redução deve-se as ações de prevenção, promoção e investimentos em qualificação da assistência prestada. “Em todos nossos consultórios municipais disponibilizamos programas de prevenção à doenças, promoção à saúde e acompanhamento de gestantes e crianças desenvolvidos por meio de várias ações”, destaca.
Atualmente, o município oferece acompanhamento de pré-natal, visita puerperal, grupos de aleitamento materno e famílias grávidas; exames do pezinho, linguinha, orelhinha e olhinho; vacinação; banco de leite humano; puericultura; encaminhamentos de alto risco e necessidades especiais; ambulatório de egressos de internação da pediatria para o retorno pós-alta hospitalar para acompanhamento na atenção básica.
Votuporanga conta ainda com o Comitê Municipal de Óbitos Fetais e Infantis, que discute e investiga os casos e propõe ações preventivas.
Desde 2010 o município participa do programa Primeiríssima Infância com ações intersetoriais entre as Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social. O programa é idealizado pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e tem o objetivo de assegurar um acompanhamento adequado por meio de diversos serviços locais preparados, articulados e atuantes para uma atenção integral e integrada a gestantes, famílias e crianças de 0 a 3 anos.
