


Em Zagreb, capital da Croácia, o corpo mumificado de Hedviga Golik, enfermeira nascida em 1924, foi encontrado em seu apartamento no bairro Medveščak. A morte chocou as autoridades locais em maio de 2008, por ter ocorrido há 42 anos daquela data.

A idosa vivia sozinha no sótão de um prédio de quatro andares, em um espaço exíguo de 18 metros quadrados. Seu estilo de vida recluso e hábitos excêntricos afastavam os vizinhos, que evitavam contato.
Hedviga adotava métodos inusitados para suprir suas necessidades por evitar contato social. Para não sair de casa em nenhuma ocasião, costumava usar um balde preso a uma corda para enviar listas de compras a vizinhos.
O caso ilustra as consequências extremas do isolamento social prolongado e revela as dificuldades em identificar situações de abandono mesmo em áreas urbanas, levantando questões sobre o papel da comunidade e das redes de apoio.

